27 de fevereiro de 2009

Sexta-feira depois das Cinzas


Uma proposta de vida
Um caminho novo a percorrer
Uma aventura interior para trilhar.

Queres que sinta a Tua presença
E Teu amor e Tua justiça.

Não queres tristeza nem opressão
Senão a liberdade de Te seguir.
Não és opositor das minhas escolhas
Mas com suavidade e ternura
Me educas pedagogicamente.

Dizes que a vida é como um banquete
Uma festa eterna e contínua
Com princípio mas sem fim.

Ajuda-me a fazer da minha vida
E da vida dos outros
Uma festa para Ti.

Quinta-feira depois das Cinzas



Quero seguir-Te e ser dos Teus
Para viver à Tua maneira
Em todos os momentos da vida.

Posso queixar-me e ceder
Ao peso das dificuldades
Ou então, vivê-las e partilhá-las conTigo
Com o recurso e apoio dos outros.

Ensinas-me a viver a vida
A enfrentá-la com força e coragem.

Quero dar a minha vida
À Tua gente, Jesus:
aos pequenos e humildes
aos que sofrem e passam fome,
aos perseguidos e doentes.

Esses precisam de médico
Esses precisam de apoio
De alguém que se faça Cireneu
E os ajude a levar a cruz.

25 de fevereiro de 2009

Quarta-feira de Cinzas



















Sabes, Senhor,
que em diversos momentos

Não sou totalmente puro:

Porque ajo para ser visto e admirado Porque procuro poder, prestígio, boa imagem...
Chamas-me a atenção

Para o perigo da falsidade e da mentira

Das artimanhas e dos esquemas

Para agradar apenas a outros.


Sabes os meus erros e as minhas falhas

E vês os escuros e as sombras do meu coração.

Por isso, peço com humildade,

Coberto de saco e de cinza:

Limpa-me da vaidade e da hipocrisia

E faz-me coerente e verdadeiro.


A isso me proponho também

Neste tempo quaresmal,

Esta nova oportunidade que me dás

Fruto do Teu amor por mim.


Peço-te também, Senhor,

No segredo do meu coração.

Durante esta Quaresma

Desejaria dar-te alegria

Oferecendo-Te tudo o que irei fazer em segredo.


Desejaria amar-Te mais

Porque me amas como ninguém.

Tu podes ajudar-me a amar os outros

Ensinando-me a servi-los,

A vê-los, a escutá-los

A confiar neles.

24 de fevereiro de 2009

Oração no início da Quaresma


Começa amanhã o Tempo da Quaresma. É o "tempo favorável" que o Senhor dá para a conversão, o arrependimento, a ascese, a penitência, para recentrarmos a nossa vida em Deus.

Mas não é tempo de tristeza, senão de alegria, para os que encontram o Senhor.

Faço desde já o propósito de, na medida do possível, colocar aqui algum texto, poema, pensamento ou comentário sobre a Quaresma e a Palavra de Deus.

Se alguém se quiser associar a mim, estou aberto...

Assim, cá fica o primeiro, para um bom começo....

Ó Deus Pai
Damos-Te graças
Porque nestes dias da Quaresma [como sempre]
És grande e amoroso connosco.

Chamas-nos para reconhecermos a nossa realidade
E voltarmos o nosso coração para Ti.

Confessamos que, como crianças simples,
Queremos viver de desejos à nossa medida.

Tu, ó Deus de bondade e compaixão,
Gritas e vens ao nosso encontro
Para mudarmos o rumo.

Damos-Te graças
Porque caminhas connosco
Neste tempo de Quaresma
Rumo à Páscoa do Teu Filho.

Santa Quaresma - que é como quem diz, Santa Páscoa - para todos...

20 de fevereiro de 2009

Hodie

Que pena tenho do mundo!

Dos pobres e dos ricos,
Dos bons e dos maus,
Dos poderosos e dos fracos…

São palha que o vento leva.
São ramos velhos lançados na fogueira.
São figueiras que não produzem.
São opróbrio ...

Tenho pena, Senhor,
Essa pena que é amor compadecido,
Porque entre eles estou eu
Como fraco no meio do combate…


Quem me dera ser água

ser chama, ser árvore
ser terra…
com finalidade,

Passam e cumprem a missão.

Mas, não sou, Senhor!
Simplesmente sou como todos,


Porque fraco!

Tenho pena de mim!




inédito José António Carneiro
2002

19 de fevereiro de 2009

A Eutanásia (que está na ordem do dia)

Há uns anos fiz um brevíssimo trabalho, na área da teologia moral, sobre eutanásia. Deixo aqui um apanhado geral, como divulgação um assunto delicado, pungente, e atentatório dos direitos humanos...


Conceito de Eutanásia

Acção ou omissão destinada a provocar a morte de um ser humano com a finalidade de suprimir o sofrimento, pondo fim “docemente” à vida própria e alheia.

A palavra vem do grego “eu”=“bom”, “suave” e “thanatos”=“morte”, logo eutanásia=boa morte, morte suave.

Trata-se na realidade de uma acção suicida (quando o sujeito pretende acabar com a própria vida) ou homicida (quando um médico ou legislador se arroga com o poder de decidir sobre a sobrevivência dos seus semelhantes).

Tipos de Eutanásia

EUTANÁSIA CRIMINAL: é a eliminação indolor de pessoas socialmente perigosas
EUTANÁSIA VOLUNTÁRIA: praticada pelo médico a pedido do paciente (suicídio assistido)
EUTANÁSIA INVONLUNTÁTIA: quando o paciente não é consultado, não se pronuncia ou é incapaz de o fazer ou até mesmo não o deseja
EUTANÁSIA-SUICÍDIO ASSISTIDO: é o auxílio ao suicídio de quem já não consegue realizar sozinho a sua intenção de morrer
EUTANÁSIA HOMICÍDIO: resulta da distinção entre aquela praticada por médico e aquela praticada por parente ou amigo
EUTANÁSIA POSITIVA: quando se põe fim à vida do paciente pela aplicação de fármacos
EUTANÁSIA NEGATIVA: quando se omitem os meios indispensáveis para a manutenção da vida
EUTANÁSIA EUGENÁTICA: quando se elimina toda a vida considerada sem valor algum
EUTANÁSIA DE DUPLO EFEITO: dá-se quando a morte é acelerada como uma consequência indirecta das acções médicas, que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal
EUTANÁSIA EXPERIMENTAL: é a ocisão indolor de determinados indivíduos, com o fim experimental para o progresso da ciência
EUTANÁSIA SOLIDARÍSTICA: é a ocisão indolor de seres humanos no escopo de salvar a vida de outrem
EUTANÁSIA TEOLÓGICA: ou morte em estado de graça
EUTANÁSIA LEGAL: é aquela regulamentada ou consentida pelas leis


Outros conceitos relacionados...

DISTANÁSIA: prolongamento acriterioso de qualquer tipo de vida a qualquer custo. O problema da distanásia coloca-se hoje com particular acuidade: os avanços da cirurgia e das técnicas reanimativas transformaram os casos limite de outrora em realidades quotidianas.

ORTOTANÁSIA: é a actuação correcta frente à morte. É a abordagem adequada diante de um paciente que está a morrer. A ortotanásia pode, desta forma, ser confundida com o significado inicialmente atribuído à palavra eutanásia. A ortotanásia poderia ser associada, caso fosse um termo amplamente adoptado aos cuidados paliativos adequados prestados aos pacientes nos momentos finais das suas vidas.

MISTANÁSIA: também chamada de eutanásia social. Leonard Martin sugeriu o termo mistanásia para denominar a morte miserável, fora e antes da hora. Segundo este autor, dentro da grande categoria estão a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos, sociais e económicos, não chegam a ser pacientes, pois não conseguem ingressar efectivamente no sistema de atendimento médico, os doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida, se tornar vítimas de erro médico e, por fim os pacientes que acabam por ser vítimas de má-prática por motivos económicos, científicos ou sociopolíticos.


Acerca do valor da vida humana deve afirmar-se:
a vida humana tem valor por si própria, possui uma inviolabilidade axiológica de carácter aporístico;
a vida humana não ganha nem perde valor ético por se situar em situações de aparente “descrédito”;
o valor da vida humana é a base fundamental e o sinal privilegiado dos valores éticos e dos direitos socio-políticos da pessoa;
vida humana não pode ser instrumentalizada em relação a outros fins diferentes de si mesma. Não pode constituir-se verdadeiro conflito ético entre o valor da vida humana e o valor social;
a vida humana não pode ser instrumentalizada pelo próprio indivíduo que ela usufrui.

O direito de morrer com dignidade:
O homem tem direito de “morrer dignamente” (morte digna do homem, morrer humanamente, direito à própria agonia, morrer serenamente).

Avaliação moral da eutanásia:
O paciente considera preferível abreviar a vida, antecipando a morte, afim de se livrar de uma agonia prolongada, de grandes sofrimentos, desfazer-se de uma vida inútil, fazer do morrer uma opção livre.

Situações em que é recomendável “deixar morrer”:
O direito à morte não deve significar a obrigação de buscar todos os meios à disposição da medicina, sem com eles conseguir-se qualquer resultado. Todavia, “deixar morrer” é diferente de “fazer morrer” (eutanásia).

Defensores:
Entre os defensores da eutanásia alguns destaca-se Millard (1935); após ter fundado uma sociedade promotora da eutanásia definindo-a como “a doutrina ou teoria segundo a qual tendo a vida em certas circunstâncias se deve procurar a morte de maneira indolor”.

Opositores:
A deontologia médica, que se opôs contra qualquer acto visando a supressão da vida do ser humano. Os Códigos de Direito Penal, nos diferentes países, concordam com a deontologia médica, ameaçando os que cometem a eutanásia, atentando contra a própria vida ou alheia mesmo agindo por motivos humanitários.


A Eutanásia no Concílio Vaticano:
Nos dias 24 a 27 de Fevereiro de 1999 realizou-se no Vaticano uma reunião, onde a V Assembleia da Academia Pontifícia para a Vida, reflectiu sobre a “Dignidade do Agonizante”, concluindo, aqui resumidamente o seguinte:

A vida humana é sagrada e inviolável em todas as suas fases e situações. Nunca o ser humano perde a sua dignidade em qualquer circunstância.

A vida deve ser plenamente respeitada, protegida e assistida. O respeito pela pessoa em processo de morte exige mais que nunca o dever de evitar toda a espécie de “obstinação terapêutica e de favorecer a aceitação da morte”.


O controlo da dor, o acompanhamento humano, psicológico e espiritual dos pacientes competem ao médico e restante pessoal de saúde. É necessário, portanto um maior esforço na preparação e formação no pessoal da saúde afim de que saiba tratar, com devida competência humana e profissional as questões mais difíceis.

O doente não deve ser privado da presença reconfortante dos familiares.

Existem correntes de pensamento e comportamentos práticos que, ao lado dos valores autênticos da solidariedade e do amor à vida são fruto e sintoma de secularismo ideológico e prático. Isto tende a influenciar a sociedade num sentido hedonista, eficientista e tecnocrático. Por isso é necessário desenvolver uma cultura de vida. Só assim será possível que a morte não seja reduzida a um acontecimento meramente clínico, nem seja privada da sua dimensão pessoal e social.

(…) Refutamos todo o tipo de eutanásia entendida como recurso a acções ou omissões com as quais se pretende a morte de uma pessoa.

(…) Rejeitamos a eutanásia e a assistência ao suicídio.

A eutanásia conduz à perda de confiança nos médicos (…).

Aqueles que crêem na vida eterna e em Deus sabem bem que a morte deve ser a porta para a união definitiva com Deus.

Princípios da Igreja face à Eutanásia

Nunca será lícito matar um doente, nem sequer para o não vermos sofrer ou não fazê-lo sofrer, ainda que ele o diga expressamente nem o médico, nem o doente, nem o pessoal de saúde, nem os familiares pode decidir ou provocar a morte de uma pessoa

Não é legítima a acção que por sua natureza provoca directa ou intencionalmente a morte do doente

Não é lícito suspender um tratamento devido ao doente sem o qual sobrevenha inevitavelmente a morte

É ilícito recusar ou renunciar a cuidados intensivos e tratamentos possíveis e disponíveis

A eutanásia é um crime contra a vida humana e contra a lei divina

José António Carneiro

17 de fevereiro de 2009

Braga assinala 300 anos de Lausperene



A Arquidiocese de Braga vai assinalar, no próximo ano pastoral, os 300 anos da instituição do Lausperene Quaresmal com uma exposição eucarística itinerante e com diversos momentos celebrativos em todos os 14 arciprestados.
Este acontecimento, que foi abordado anteontem, na segunda parte do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, vai permitir, segundo o cónego José Paulo Abreu, que todas as 551 paróquias da Arquidiocese se comprometam na iniciativa, seja colocando algum do seu espólio à disposição, seja ainda, participando em momentos de oração e celebração.
Em declarações ao Diário do Minho, o Vigário Geral da Arquidiocese de Braga confirmou que a iniciativa está a ser devidamente preparada com a finalidade de assinalar a data e sem esquecer a ligação ao triénio pastoral dedicado à Palavra de Deus.
Ainda sem grandes datas marcadas e sabendo-se apenas que a comemoração vai começar em Setembro, no início do ano pastoral 2019-2010, o cónego José Paulo Abreu fez saber que para substituir os encontros com São Paulo, orientados por D. António Couto, em quatro locais da Arquidiocese durante este ano, vai ser apresentada uma exposição eucarística em cada um dos arciprestados.
Para esta, as paróquias serão convidadas a disponibilizar algum do seu espólio artístico e litúrgico, como custódias, paramentos com símbolos eucarísticos, sacrários, cálices, patenas, cibórios entre outras peças que mantenham ligação ao Lausperene, como por exemplo, as tradicionais tribunas.
Estas mostras deverão estar em cada um dos arciprestados entre duas e três semanas e deverão contar com a participação de todos os cristãos, manifestando, por um lado, a fé e a devoção ao Santíssimo Sacramento e alimentando, por outro, um salutar bairrismo em visitar uma exposição que terá peças provenientes das paróquias de cada um.
A esta vertente mais cultural e artística deverá corresponder, segundo o capitular bracarense que é natural de Guimarães, um clima celebrativo em toda a Arquidiocese, valorizando-se particularmente a celebração da Palavra e a Eucaristia.
Neste sentido, pretende-se que as paróquias participem em momentos de oração comunitária, interparoquial ou arciprestal, seja preparando esses mesmos momentos, seja apenas marcando presença e rezando.
Finalmente, esta celebração dos 300 anos do Lausperene Quaresmal não pretende ficar alheia à dimensão da Palavra de Deus até porque o acolhimento da Boa Nova por parte dos cristãos também se faz na Eucaristia, o Santíssimo Sacramento.

Exposição do Santíssimo
e não exposição de flores

Como já se deu a entender, a instituição do louvor perene (Lausperene) deve-se à cúria e à solicitude de D. Rodrigo de Moura Teles que o estendeu a toda a Arquidiocese nos cerca de 28 anos em que foi Arcebispo de Braga e Primaz de Espanha.
Segundo Silva Araújo, num trabalho publicado a propósito do 3.º Congresso Eucarístico Nacional que se realizou em Braga em 1999, o Secretariado Permanente do Conselho Pastoral considerou os lausperenes «momentos de importância ímpar». A cadeia existente na Arquidiocese, acrescentou, «é um estímulo que terá de ser aproveitado, não para uma “exposição” de flores ou feira de vaidades», mas para educar e conduzir a um encontro transformante com Cristo.
O reitor da Basílica dos Congregados recorda ainda que «em vários locais, pondo de lado a respeitável tradição do adorno das tribunas, altas e distantes, decidiu-se expôr o Santíssimo em cima do altar», facto que considera mais correcto e mais respeitador das orientações do Magistério da Igreja.
Para Silva Araújo «o Lausperene deve ser vivido como momento forte de tomada de consciência do que a Santíssima Eucaristia é» e também de como se deve viver ao longo do dia. Além disso, a adoração prestada a Jesus persente na Eucaristia «deve ser um momento privilegiado para reflectirmos sobre o dever de eucaristizar a vida, vivendo-a em acção de graças e colocando-a ao serviço dos outros» conclui o texto de Sila Araújo.



Tradição enraizada
na cidade de Braga

Conservando-se a tradição cujo início remonta ao tempo de D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728), a abertura do Lausperene Quaresmal na cidade de Braga decorre como habitualmente na Quarta-feira de Cinzas, este ano no dia 25. Assim, neste dia na Sé Catedral, a partir das 8h30 começa o Lausperene que vai percorrer dezenas de igrejas principalmente do centro urbano da cidade (ver calendário nesta página). Pelas 21h30 tem lugar, também na Sé, a Eucaristia com a imposição das cinzas, assinalando o início da caminhada quaresmal.
A exposição do Santíssimo Sacramento para adoração dos fiéis é uma devoção com raízes profundas e assumida pelas diferentes comunidades paroquiais e religiosas de Braga.

Calendário
do Lausperene
de 2009

Fevereiro 25 – 26 Sé Primaz
27 – 28 Seminário Conciliar
Março 01 – 02 Misericórdia
03 – 04 Penha
05 – 06 Salvador
07 – 08 Santo Adrião
09 – 10 Cividade
11 – 12 Lapa
13 – 14 Asilo de S. José
15 – 16 Ferreiros e Terceiros
17 – 18 São João do Souto
19 – 20 São Lázaro
21 – 22 Santa Cruz
23 – 24 São Victor
25 – 26 Maximinos
27 – 28 Pópulo
29 – 30 Hospital
Abril 31 – 1 Carmo
2 – 3 Congregados
4 – 5 S. Vicente
6 – 7 Senhora-a-Branca
8 – 9 Instituto Mons. Airosa

Esperança na mudança!

Está anunciado que o Papa Bento XVI quer visitar Portugal num futuro próximo, mas sem datas marcadas. A informação foi avançada pelo Núncio Apostólico D. Rino Passigato que falava dos temas abordados com o Papa na audiência que teve antes de vir para Portugal, como diplomata da Santa Sé.
Como cristão, este anúncio enche-me de grande alegria e contentamento; como português, enche-me de esperança numa mudança global e integral na sociedade portuguesa.
Todos se recordam que Bento XVI visitou os Estados Unidos da América no mês de Abril do ano passado. Com a visita papal, aconteceu uma viragem a nível político, que levou Obama para a Casa Branca. Não coloco estes acontecimentos numa relação de causa-efeito, contudo é assinalável.
Espero sinceramente que a mudança possa acontecer também em Portugal, já que ela é precisa. E não falo apenas em mudar o nosso “primeiro”, já que a mudança deve ser mais profunda, uma autêntica conversão.
Sabemos todos que somos um país católico – pelo menos dito assim. Estamos a atravessar muitas crises – e não só a crise económica – entre elas, uma crise de identidade religiosa. É neste sentido que me parece que esta visita, além de ser um sinal eloquente da solicitude do Papa em relação às Igrejas (como Paulo), pode trazer algo novo.
Sei que não foi Bento XVI, pelo menos directamente, nos EUA que mobilizou a mudança. Mas também penso que as coisas se podem compenetrar e que a presença do Sumo Pontífice arrasta consigo uma torrente de força ao nível da mudança de vida, das questões sociais, políticas, económicas (e podia aqui continuar até dizer o que se diz habitualmente “construindo um mundo melhor, mais fraterno, justo e solidário”).
Espero que a força da palavra de Bento XVI (sabemos que é a Palavra de Deus) e da sua mensagem (que é anúncio da vitória de Cristo) ajude Portugal a mudar.
Não precisamos – ainda que não crie problema algum – de ter um candidato negro às legislativas deste ano. Precisamos é de sentir a urgência da mudança – a todos os níveis – e que os portugueses saibam pugnar no sentido de a alcançar.
Eu tenho esperança na mudança!

15 de fevereiro de 2009

Um ramo de amendoeira




Um ramo de amendoeira
Floresce em pleno Inverno.
Apesar da intempérie
Do frio arrasador
Da turbulência gélida
Que tudo arrasta para o lamaçal.

Apesar do lodo mórbido
Que tudo suja
O ramo brota verde
Como esperança de futuro
Como anúncio primaveril
Como augúrio de algo novo
Que está crescendo e a florir.

É como este ramo
Pueril e verdejante
Que eu quero ser.

É assim que pretendo
Situar-me perante a vida:
O bom e mau que possa trazer.


inédito José António Carneiro
27/09/07

Conselho Arquidiocesano de Pastoral



D. Jorge Ortiga reafirma
necessidade de pastoral bíblica

D. Jorge Ortiga reafirmou ontem de manhã ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral reunido em Braga, a necessidade e urgência de uma pastoral mais bíblica, colocando a Palavra de Deus como nascente que deve chegar a todos os recantos do tecido eclesial. Com a presença de D. António Couto, a reunião contou com uma apresentação da carta pastoral “Tomar conta da Palavra”, publicada pelo Arcebispo Primaz a 3 de Janeiro, dia em que completou 21 anos de ordenação episcopal.
No início dos trabalhos, aludindo a essa nota pastoral, D. Jorge Ortiga pediu que o Conselho Pastoral coloque as linhas mestras, os objectivos, as estratégias e os meios que ajudem e predisponham a Arquidiocese a acolher a Palavra de Deus, uma vez que é essa que «convoca, congrega, compromete, provoca comunhão, e dá um novo rosto à vida dos cristãos e das comunidades», expressando no mundo «um estilo de vida que distingue».
Por isso, para o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) a pastoral tem de ser mais bíblica, fazendo com que os cristãos se encontrem com a Palavra, abandonando outras coisas.
Em relação ao caminho já percorrido na Arquidiocese, na linha do trajecto estabelecido no triénio pastoral em curso, o Arcebispo de Braga não crê que seja o suficiente e por isso, destacou a necessidade de estabelecer um «programa pastoral interpelativo e motivador» capaz de, com a Palavra, «encher a liturgia, motivar o compromisso eclesial e dar profundidade à comunhão».
Sobre as dimensões da pastoral da Igreja, o prelado disse que «não há um antes ou primeiro, nem um depois ou secundário», mas «trata-se de uma única missão da Igreja que acontece no anúncio, na celebração, no compromisso e na vivência comunitária».
Apontando falhas a um modelo ritualista e sacramentalista da pastoral do passado, D. Jorge Ortiga defendeu, na abertura do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, que nos tempos actuais «a pastoral vale quando coloca todas as dimensões como igualmente prioritárias».
Segundo o padre António Sérgio Torres, pároco de S. Victor e secretário da Acção Pastoral, o encontro de ontem situou-se como continuação e alargamento do anterior conselho. Ambas as reuniões têm como finalidade preparar uma base de reflexão para que o Conselho Permanente possa elaborar um plano pastoral para 2009-2010.
Reunindo diversos representantes dos movimentos de apostolado e departamentos, o Conselho Pastoral realizado ontem, no Centro Cultural e Pastoral, serviu ainda para que o padre António Sérgio Torres fizesse a apresentação de um tema de carácter mais formativo.
Este tema, segundo o secretário da Acção Pastoral a nível da Arquidiocese, pretendeu reflectir sobre o que falta fazer em relação do documento emanado do Concílio Vaticano II, sobre a Revelação Divina, intitulado “Dei Verbum”.

12 de fevereiro de 2009

Do pecado ao amor


Pesado me sinto
Tantas faltas, iniquidade

Imperfeito me reconheço…


Tantas faltas ao amor

À confiança dos amigos

Tantas vezes transpareço…


Um amor maior que tudo me cobriu:

Me queimou em fogo ardente

Me lavou em água cristalina

Me sacudiu na rajada do vento

Me acariciou na brisa suave.


Tu, meu Deus,

Que me conheces melhor do que eu,

Tu me amas sem limites

Apesar dos meus limites

E me acolhes, sorridente.


O Teu amor

- Aquilo que És –

Supera sempre aquilo que sou.


inédito José António Carneiro
28/02/07

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11 de fevereiro de 2009

Bento XVI revela vontade de visitar Portugal



Bento XVI espera vir a Portugal proximamente. O próprio Papa comunicou-o ao actual Núncio Apostólico em Portugal, na audiência que lhe concedeu antes de chegar a Lisboa, há pouco mais de um mês.
"Eu fui recebido pelo Santo Padre antes de vir para Portugal e ele disse-me: espero poder ir a Portugal num futuro próximo". Sem datas marcadas, Bento XVI quer estar na "terra de Santa Maria", "num futuro não remoto".

"Há um desejo firme, um propósito mesmo do Santo Padre", garante D. Rino Passigato, numa entrevista, a primeira desde que chegou a Portugal, um país que acolheu o Núncio Apostólico "com grande carinho". "E têm todo o carinho do Núncio", expressou num português "elementar", porque é o primeiro país de expressão portuguesa onde está em missão diplomática.

Concordata
D. Rino Passigato chega a Portugal num momento em que as relações Igreja-Estado estão fortemente marcadas pelo processo de regulamentação da Concordata. Assinada em 2004, ela "foi um ponto de chegada, muito importante, de acordo". Para o Núncio Apostólico, "essa vontade de acordo existe ainda" e preside ao trabalho de traduzir em leis e decretos-lei os termos da Concordata. "Há a comissão [paritária] e esperamos todos que o trabalho se faça seriamente. E sei que todas as pessoas comprometidas têm a melhor vontade para fazer bom o trabalho", garantiu D. Rino Passigato, referindo também que "o tempo para fazer bem as coisas é necessário, é preciso um certo tempo!". Conhecedor de aspectos circunstanciais que motivaram atrasos neste processo, como a mudança de membros da Comissão Paritária, refere que "todas as pessoas que trabalham, da parte do governo e da parte da Igreja estão comprometidos e querem avançar bem e chegar a uma solução".
Para o Núncio Apostólico em Portugal, interessa valorizar a presença dos católicos na sociedade, mais do que permanecer ligado a enquadramentos legais - ou à falta deles - da presença eclesial em diferentes contextos da sociedade. "Os católicos em Portugal representam, de um ponto de vista sociológico, 80, 85% da população. É uma realidade, que tem de ser expressa em todas as circunstâncias, em todas as situações: nas escolas, nos hospitais, nas cadeias, no exército, etc... É uma realidade!"

Relações Igreja-Estado
"Boas, muito boas" - é assim que o Núncio Apostólico avalia as relações entre os dois Estados: Portugal e o Vaticano. "Ainda não trabalhei muito nesse terreno, mas sei que são relações muito cordiais".
D. Rino Passigato recordou a visita do Presidente da República ao Vaticano, sobre a qual falou com Cavaco Silva quando apresentou as Cartas Credenciais (a 8 de Janeiro). "Pude dar-me conta que o Senhor Presidente ficou com a impressão que o Santo Padre está muito interessado e informado sobre a situação em Portugal e segue-a com mutio interesse", recordou. "As relações entre a Igreja, o Vaticano, e Portugal, neste momento são boas, muito boas", sublinhou.

Na Terra de Santa Maria
Conhecedor da história "muito rica, muito importante" da Igreja Católica em Portugal, Rino Passigato evoca também a "língua tão maravilhosa". "A língua de Camões, de Pessoa e muitos escritores e literatos", em que agora se começa a exprimir. Refere igualmente a marca mariana da fé dos portugueses, típica "característica da fé católica", que ajuda quando amadurecida e responsável.
"Temos uma promessa, de Nossa Senhora, em Fátima, que assegura que o seu coração vai triunfar e que Portugal ficará católico, crente, cristão". "Os cristãos em Portugal, se mantiverem firme o amor a Nossa Senhora, creio que vão manter também viva a sua fé, que nos leva directamente a Jesus. Maria não quer uma devoção a ela mesma, para ser o fim dessa devoção. Ela é a Mãe do Salvador e nos conduz a Jesus, o único salvador do homem", referiu.

10 de fevereiro de 2009

Cegueira branca


Não sei porquê mas o Evangelho do próximo domingo trouxe-me isto à memória, que partilho:


Sou, tantas vezes, cego
De uma cegueira branca
Que, ao contrário da negra,
Não deixa ver o que não me interessa.

E o vírus desta cegueira moderna
Vai alastrando qual bola de neva
E já não sou eu só vítima dela.

Parece que o mundo inteiro está cego
Porque vão vê aquilo que até os cegos vêm:
Que somos desumanos, tantas vezes,
Com aqueles que são iguais a nós.

Trata-se de uma cegueira branca
Que não vê os caídos, os que jazem sem nada
Mas que facilmente se rebaixa
Ao mais podre lamaçal
Para conseguir intentos egoístas.

Triste condição humana!

inédito José António Carneiro
27/11/2008
(depois de ver “Ensaio sobre a cegueira” de Fernando Meireles, inspirado na obra de J. Saramago)

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6 de fevereiro de 2009

Escândalo e loucura



Deus escreve direito na Cruz
e fala calando-se!

Vento




Leva o homem ao sabor das ondas
Ao encontro da imensidão do mar
Sem limites e sem ocaso
Que impedem o caminhar.

Num sonho de liberdade infinda
De imensidão e de plenitude
Num caminho que é novo ainda
E que leva à beatitude.

Voar ao encontro dos sonhos
Que valem pela qualidade
E não pela duração...

É este o voar de quem sabe
Que um ano de vida
Vale por mil de hibernação.

inédito José António Carneiro
2006
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4 de fevereiro de 2009

O pão do amor


Corro sem saber aonde chego
mas não paro confundido
e ando em busca do sentido
para ver se a luz da meta recebo.

Lanço-me ao caminho, confiante,
procurando encontrar a companhia
e esbarro em alguém em agonia
que precisa de ajuda urgentemente.

Em qualquer esquina jaz, caído,
um pobre faminto de um pão
e de um sorriso consolador.

E da minha rota já saído
dou algo de mim do coração
porque afinal só precisa de amor.

inédito José António Carneiro
10/11/2008

foto aqui

3 de fevereiro de 2009

Dia da Universidade Católica

D. Jorge Ortiga presidiu à Eucaristia na Sé de Braga
UCP deve ensinar com autoridade
“nova” e diferente doutrina de Cristo

O Arcebispo de Braga defendeu que a missão da Universidade Católica Portuguesa (UCP) passa por ensinar “com autoridade” a “nova” e diferente doutrina de Cristo, em benefício da Igreja e da sociedade em geral. D. Jorge Ortiga falava ontem, na Sé de Braga, durante a Eucaristia que assinalou o Dia da UCP e na qual estiveram docentes, alunos e funcionários desta instituição de ensino superior.
Referindo-se ao tema escolhido para a comemoração do Dia da “Católica” (“Formar para a ética e a verdade”), o Arcebispo de Braga afirmou que «na noite escura da cultura moderna, impõe-se que ousemos, sem critérios de superioridade, aspirar a um ensino com estas duas qualidades: “nova” porque diferente e “com autoridade” porque com competência e excelência».
O prelado começou a homilia notando que a celebração do Dia da UCP é uma «oportunidade para que os fiéis se consciencializem da importância que ela detém no âmbito da missão eclesial». D. Jorge Ortiga foi mais adiante ao dizer que «na actualidade ela adquire estatuto e função imprescindíveis».
Mas, a celebração de ontem teve, para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), um objectivo mais interno e mais respeitante à instituição. «Urge que a Universidade Católica se confronte com a sua identidade e se questione sobre o modo como exerce a sua missão em benefício da Igreja e da sociedade», disse aos presentes que encheram a Sé Catedral.
Enaltecendo o serviço prestado pela UCP à sociedade portuguesa em geral, D. Jorge Ortiga afirmou que «os católicos não podem marginalizar a Universidade Católica», mas «devem colocá-la nas suas intenções, preocupações e generosidade».

Sociedade carente
de verdade e ética
Concentrando a homilia no tema escolhido para a celebração do dia da “Católica”, D. Jorge Ortiga desafiou os cristãos a serem «verdade para os outros», gerando «confiança» e «fidelidade». O prelado bracarense pediu ainda que se suscite «uma cultura de confiança no outro num tempo em que poucos são aqueles que oferecem essa confiança a nível interior ou exterior».
Notando que a verdade gera confiança e fé alertou para o risco da «duplicidade», da «simulação» e da «hipocrisia» e interrogou-se se «não será urgente reimplantar esta cultura no relacionamento mútuo, nos discursos políticos e nos comportamentos dos membros da Igreja».
Nesta linha, o Arcebispo Primaz denunciou, no clima actual do “vale tudo”, que todos os dias, em plenos tribunais, se assiste a «falso testemunho, perjúrio, ofensa à reputação das pessoas, juízos temerários, maledicência, calúnia, lisonja, adulação, ironia, jactância e particularmente mentira».
Entretanto, sobre a ética e explanando a etomologia da palavra que vinda do grego significa “roupa”, o presidente da CEP disse que «formar para a ética é aceitar que a vida, como atitude de confiança radical no outro, tem as suas implicações éticas».
Aproveitando a oportunidade, o prelado referiu-se ao Ano Paulino e pediu aos presentes – tal como Paulo pediu aos Colossenses – que se revistam «de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência».
«Formar para a ética é criar a convicção dum mundo como “casa” comum onde nos “revestimos” de comportamentos e atitudes que mostram que a Palavra de Deus “habita” em tudo quanto fazemos», afirmou o prelado. E concluiu interrogando uma vez mais: «O mundo moderno não necessitará desta visibilidade no quotidiano dos cristãos, dos empresários, dos professores, dos médicos, dos políticos, dos autarcas e dos trabalhadores?».

Bispo levou Bíblia à prisão

Estabelecimento Prisional de Braga
D. Jorge Ortiga entregou
Novo Testamento aos reclusos

O Arcebispo Primaz deslocou-se ao Estabelecimento Prisional de Braga para presidir a uma Eucaristia e cumprir uma promessa que havia feito na altura da visita pastoral à comunidade paroquial de São Vicente: ir à cadeia para entregar aos reclusos a Bíblia. Ontem ao final da tarde, D. Jorge Ortiga cumpriu a promessa e deixou o Novo Testamento para todos os reclusos e para as suas famílias.
O Arcebispo de Braga disse a uma plateia composta por cerca de três dezenas de reclusos, alguns guardas prisionais e onde estava também o director, José Alves de Sousa, que a visita ao Estabelecimento Prisional é já uma iniciativa habitual e para continuar.
Sobre a Liturgia da Palavra, D. Jorge Ortiga salientou que Jesus trouxe, com autoridade, uma «doutrina nova» e que os católicos devem acreditar nessa doutrina e não noutras.
Uma vez mais, o prelado aproveitou a ocasião para relevar a Palavra de Deus – o lugar onde está contida a doutrina de Jesus – e desafiou os reclusos a pegar no Novo Testamento e a lê-lo. «Particularmente nos momentos mais difíceis e de solidão, tende coragem para pegar neste livro», afirmou.
Considerando que a leitura da Bíblia ajuda a combater a ignorância religiosa generalizada nos dias de hoje, D. Jorge Ortiga salientou, contudo, que a Palavra de Deus é mais para viver e pôr em prática do que para saber.
O Arcebispo disse aos reclusos que a «Bíblia é luz para os caminhos dos homens» e, por isso, pode e deve ser uma excelente leitura. «A Sagrada Escritura pode ser uma boa companhia nos momentos de solidão» afirmou, e «se lhe deres espaço poderá transformar a vossa vida».
No início da celebração eucarística, em nome de todos, um recluso deu as boas vindas a D. Jorge Ortiga. Depois da comunhão, um outro leu um poema onde se pedia «fome e sede da Palavra de Deus».
Na sequência desta leitura, o Arcebispo Primaz entregou em mão, a cada um dos reclusos presentes, uma tradução do Novo Testamento.
Interessante foi ver a pressa e a curiosidade dos reclusos em manusear o “presente” recebido. Ainda o presidente da celebração, concedia a bênção de Deus e já alguns estavam “de olhos espetados” no Novo Testamento.
D. Jorge Ortiga não se despediu sem dizer que está na disposição de ir ao Estabelecimento Prisional para participar num debate/conversa sobre a leitura do Novo Testamento, para a qual desafiou cada um dos presentes.

Imposição de insígnias na UM

Novos enfermeiros desafiados
a serem animadores da sociedade

Mais de três dezenas de finalistas da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (UM) foram desafiados a serem animadores da sociedade contemporânea, durante a Eucaristia da bênção e imposição das insígnias, que decorreu no Auditório A1 daquela instituição de ensino superior. Face às dificuldades da falta de empregabilidade no sector, o responsável da Pastoral Universitária da Arquidiocese de Braga pediu que os novos enfermeiros «ousem ser diferentes», «teimem com todas as forças» e «nunca esmoreçam».
Num espaço totalmente lotado com familiares e amigos dos finalistas, o padre Eduardo Duque deixou duas mensagens aos presentes: por um lado, salientou a responsabilidade social que os novos enfermeiros adquirem no panorama de uma sociedade global e, por outro, apresentou uma palavra de esperança fundada na certeza da proximidade e do amor que Jesus Cristo nutre por cada pessoa humana.
Na homilia, o sacerdote vimaranense exortou os finalistas a saberem atender os doentes com uma palavra amiga, com carinho e com um sorriso, destacando que o seu papel de actores sociais passa por «tornar a vida das pessoas mais leve».
...

Na conclusão da celebração, os 32 enfermeiros que participaram na missa receberam a bênção do padre Eduardo Duque assim como as insígnias do curso. Significado especial teve o ritual da bênçãos das mãos dos novos enfermeiros que, segundo o sacerdote, «são mãos especiais».
A solene proclamação do juramento de Florence Nightingale não foi esquecida pelos novos enfermeiros saídos agora da Escola Superior de Enfermagem da UM.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...