30 de setembro de 2010

Mensagem para hoje

Não faças só por ver fazer!
Muitos são os que assim procedem,
repetindo na vida
o que outros fizeram.
É sinal de uma personalidade fraca,
sem projectos, sem criatividade, nem imaginação.
vive a tua vida,
reforça a tua personalidade,
crê em ti mesmo.
Não deixes que a tua vida
seja como folha caída
no meio do caminho
que o vento leva para todo o lado.

Gavahe. Novos minutos de sabedoria

29 de setembro de 2010

Mensagem para hoje


Não critique!
Procure antes colaborar com todos, sem fazer críticas.
A crítica fere, e ninguém gosta de ser ferido.
E a criatura que gosta de criticar, aos poucos, vê-se isolada de todos.
Se vir alguma coisa errada, fale com amor e carinho, procurando ajudar.
Mas, sobretudo, procure corrigir os outros, através do seu próprio exemplo.
Minutos de Sabedoria, Torres Pastorino

28 de setembro de 2010

Ideial de Deus: que não haja ricos e pobres!


 
Naquele tempo,
disse Jesus aos fariseus:
«Havia um homem rico,
que se vestia de púrpura e linho fino
e se banqueteava esplendidamente todos os dias.
Um pobre, chamado Lázaro,
jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico,
mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas...
(Lc 16,19-31)


Para Deus não pode haver um rico se ao seu lado houver um pobre. É inconcebível. Para Ele somos todos iguais. E para nós?



Deixemos que a Palavra (=Moisés e os Profetas) nos converta e nos faça olhar com compaixão e amor o pobre que jaz caído no portão da nossa casa, a fim de o tratarmos como ser igual a nós.

24 de setembro de 2010

Turista ou peregrino?


Viver a vida como turista
É vê-la por cima, de avião - muitas vezes,
depressa, a correr,
Sem tempo para parar
Porque a todo lado se quer chegar.

Viver a vida como peregrino
É vê-la bem de perto,
Lado a lado,
Com tempo para apreciar,
contemplar,
Parando e vendo,
Sentindo os passos,
Caminhando,
Palpando o pulso,
Beijando o aroma,
Sentindo o cheiro...

Peregrino ou Turista?
Um pouco dos dois
Mas prefiro o primeiro.

Sou eterno caminhante
Ou, porque não dizê-lo,
Eterno caminheiro!

Pe. JAC
Casa de S. Paulo. Cortegaça.
Retiro para Ordenação Sacerdotal

18 de setembro de 2010

Deus ou Dinheiro? Opção Fundamental


Celebramos o 25.º Domingo do Tempo Comum. Caminhamos a passos largos para o fim do ano litúrgico. A Palavra de hoje põe-nos a reflectir sobre o dinheiro e os bens materiais. Notemos, antes de mais que, no Evangelho, Jesus fala do dinheiro com uma frequência surpreendente. É porque precisamos de estar atentos quanto a isso. Sem terras nem trabalho fixo, a sua vida itinerante de Profeta dedicado à causa de Deus permite-lhe falar com total liberdade. Por outro lado, o Seu imenso amor aos pobres e a Sua extrema paixão pela justiça de Deus levam-no a defender sempre os mais excluídos.

Este Evangelho de Lucas apresenta-nos mais um passo de Jesus a “caminho de Jerusalém”. É uma palavra aparentemente difícil de compreender. Jesus instrui os discípulos, daquele tempo e de todos os tempos, acerca da forma como se hão-de situar face aos bens deste mundo. Para Jesus, o que está em causa é a busca do Reino de Deus. Jesus apela aos “filhos da luz”, em oposição aos “filhos das trevas”, para que sejam empreendedores na busca do Reino. Para tal, pede a habilidade e a sagacidade que o “administrador” do Evangelho usou. Jesus não louva a “má administração” ou até a “desonostidade” do administrador. Não! Jesus coloca-o como exemplo daqueles que querem segui-lo totalmente e de verdade e que são capazes de relativizar tudo o resto.

A mensagem essencial gira à volta da sábia utilização dos bens deste mundo: eles devem servir para garantir o bem mais duradouro que é o Reino de Deus, fazendo-nos recordar que todos somos administradores dos dons que Deus nos concede.

A primeira parte do texto (vers. 1-9) apresenta a parábola de um administrador sagaz e astuto. A parábola conta-nos a história de um homem que é acusado de administrar de forma incompetente (e talvez desonesta) os bens do patrão. Chamado a contas e despedido, este homem preocupa-se em assegurar o futuro. Chama os devedores do patrão e reduz-lhes consideravelmente as quantias em dívida. Dessa forma – supõe ele – os devedores beneficiados não esquecerão a sua generosidade e irão acolhê-lo em sua casa, em caso de necessidade.

Na cultura judaica, o administrador, actuando em nome do seu senhor não recebia remuneração, mas tinha uma comissão própria na execução das dívidas. Na prática, com esta atitude de perdoar parte da dívida, este administrador “mete uma cunha” junto dos devedores, a fim de garantir o seu futuro, após o despedimento.

Este administrador é, por isso, um exemplo pela sua habilidade e sagacidade: ele sabe que o dinheiro tem um valor relativo e troca-o por outros valores mais significativos – a amizade, a gratidão.

Jesus conclui a história convidando os discípulos a serem tão hábeis como este administrador (vers. 9): os discípulos devem usar os bens deste mundo, não como um fim em si mesmo, mas para conseguir algo mais importante e mais duradouro (o que, na lógica de Jesus, tem a ver com os valores do “Reino” de Deus).

Na segunda parte do texto (vers. 10-13), Lucas apresenta-nos uma série de “sentenças” de Jesus sobre o uso do dinheiro avisando os discípulos de todos os tempos para o bom uso dos bens materiais: se sabemos utilizá-los tendo em conta as exigências do “Reino”, seremos dignos de receber o verdadeiro bem, quando nos encontrarmos definitivamente com o Senhor ressuscitado.

O nosso texto termina com um aviso de Jesus acerca da deificação ou divinização do dinheiro (vers. 13): Deus e o dinheiro representam mundos contraditórios e procurar conjugá-los é difícil… Os discípulos são, portanto, convidados a fazer a sua opção entre um mundo de egoísmo, de interesses mesquinhos, de exploração, de injustiça e um mundo de amor, de doação, de partilha, de fraternidade.

Em tempo de grave crise económica, ninguém duvida que o mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária.

Por dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo;
Por dinheiro, há quem sacrifique a sua dignidade e exponha a sua intimidade, diante de uma câmara de televisão;
Por dinheiro, há quem venda a sua consciência;
Por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida dos outros;
Por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às autoridades…

Diante disto, que exame de consciência fazemos? Ser escravo dos bens e do dinheiro é algo que só acontece aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas até onde seríamos capazes de ir por causa do dinheiro?

Tudo isto não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem assentes na terra) é algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade… Mas, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão.

Não esqueçamos a valente denúncia do profeta Amós, na primeira leitura. Ele fala uma constante na história da humanidade. Há gente que engana os outros em proveito próprio. Cobram além da conta. Não conhecem a gratuidade: tudo é objecto de venda. Há gente sem escrúpulos que com a obsessão de acumular dinheiro passa por cima de tudo e de todos.

Que razão tinha e continua a ter o profeta Amós que se atreveu a denunciar a sociedade israelita do seu tempo (século VIII a.c).

O Profeta lembra-nos que Deus não esquece e não pactua com quem explora as necessidades dos outros, a miséria, o sofrimento, a ignorância. O nosso Deus não suporta a injustiça e a opressão. Ele não está do lado dos opressores, mas dos oprimidos; e qualquer crime contra o irmão é um crime contra Deus.

Se há entre os cristãos quem explora estes esquemas desumanos, quem oprime e explora os pobres (embora ao domingo até vá à missa, e faça parte dos movimentos de apostolado da paróquia e até dê quantias significativas para obras), convém que tenha isto em conta. “Deus não esquece nenhuma das suas obras”, mas, como também lembra Paulo, na segunda leitura, “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”.

Esta palavra de hoje lembra-me uma história antiga:
Um dia alguém perguntou a um sábio:
- O que é que mais te surpreende na Humanidade?
O sábio respondeu:
- Os homens e as mulheres...
- Porque? – perguntou.
E o sábio disse:
Porque perdem a saúde para juntar dinheiro,
depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem tanto no futuro,
esquecem-se do presente
de tal forma que, acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...
e morrem, como se nunca tivessem vivido.

Pe. JAC

15 de setembro de 2010

Loucura de Amor


Quem é que,
tendo muito de qualquer coisa que estima,
E perde um,
Vai à procura do que se perde
E deixa para trás tudo o resto?
Deus!
O nosso Deus!
Só Ele, na sua suprema bondade e amor,
É capaz de deixar tudo o resto
Para ir buscar apenas um que seja e se perde!


Que maravilha de Deus!
Ele deixa noventa e nove ovelhas
Para ir buscar uma que se tresmalha.
Ele agiliza todos os meios
Para procurar uma de dez dracmas que se perde.


Como é reconfortante a certeza de um Deus
Que é capaz de tudo para vir ao meu encontro
A fim de me fazer encontrar.
Sim!
Não é tanto Ele que me encontra
Quanto me faz encontrar-me comigo mesmo.
É este o nosso Deus, revelado por Jesus:
Amável,
Clemente,
Paciente,
Misericordioso
E louco de amor.


Para Deus vale mais a ovelha que se perde
E a dracma que sume
Que todas as que permanecem.
Ele busca as perdidas.
Não as abandona nem esquece e assim faz connosco.


Não valemos menos para Deus quando pecamos,
Quando nos perdemos, sumimos ou desaparecemos.
Na sua bondade, Ele procura-nos para que nos encontremos.
Não temamos quando nos perdemos,
Pois Deus ama-nos sempre se nos abrimos ao Seu Amor.


Que loucura de amor,
Que excesso,
Que medida larga usa Deus connosco.


Que mais queremos
Que um Deus que nos ama como somos?


Que mais queremos de Deus que é Pai Pródigo,
Que respeita a nossa liberdade,
Mas que está sempre de braços abertos para nos acolher.


Obrigado, Deus,
Pela Tua loucura de Amor!

10 de setembro de 2010

Um mar de perdão


Na ternura de um beijo
Que o mar dá na areia
Sinto toda a paciência
de um Deus que é Amor.

Tanta ida, tanta volta,
Tanto esforço dispendido
O mesmo que faz Jesus
Ao pecador arrependido.

Todo o pecado merece
Superar-se pelo amor
pois na cruz se estabelece
O singular Salvador.

Quisesse eu perceber
Quais as medidas de Deus
Teria de conseguir ver
A imensidão do mar…
E isso não bastaria!

Perante toda a grandeza
Desse inédito amor
Vejo-me com confiança
Porque nele já estou salvo.

Graças, Senhor, pelo amor,
Com que em amas
pela certeza da salvação
Que me sussurras ao ouvido,
Brando e mansinho,
Como canto da ave, forte e grave,
Como o bramido do mar.

Pe. JAC
Casa de S. Paulo. Cortegaça.
Retiro para Ordenação Sacerdotal

9 de setembro de 2010

Boa recuperação do meu irmão

A recuperação do meu irmão tem sido extraordinária. Surpeendeu-nos a nós e aos próprios médicos e enfermeiros...
Já passou para os cuidados intermédios.
As coisas estão a correr pelo melhor.
O coração está bem, os pulmões também. Aparentemente o AVC não terá provocado lesão grave... mas falta a avaliação pormenorizada.
Continua a receber antibióticos para a infeção... É o que falta!
Agradeço a todos aqueles que tiverem esta intenção presente.
Hoje vocês por ele e por nós, amanhã nós por vocês...
Obrigado
Pe. JAC

2 de setembro de 2010

Orações pelo meu irmão mais velho

Olá a todos

Peço orações pelo meu irmão mais velho, João Miguel. Está num estado crítico de saúde, na sequência de uma septicemia, que provocou vários problemas...
Está nos cuidados intensivos do Hospital de S. João, no Porto.

Agradeço e peço a todos esta intenção nas vossas orações.
Unidos em Cristo.

Recoloco um poema antigo porque creio:

Aconchego de Deus

Nenhuma palavra me explica o sofrimento
Toda a esperança foi levada pelo vento
E meu rosto é janela da dor do coração
Senhor, só teu braço pode dar-me salvação.

Do negrume e lamaçal tu me podes levantar
Minha tristeza e agonia podes transformar
E sei que um dia o Teu aconchego virá
E a Tua mão forte e suave me sustentará.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...