23 de fevereiro de 2011

Consolo solidário

Colocaste-me no mundo
Para suavizar a dor de tantas vidas
Para acompanhar nos momentos maus,
Ajudar a carregar pesos lancinantes de tantas cruzes
Em especial, dos excluídos e marginalizados.

Envias-me a repartir ternura
A comunicar  afecto
A dar força ao que ruiu
A consolar quem sofre
A sarar feridas
A amar todos como Tu.
Envias-me pelo mundo
A dar a boa notícia do Teu amor
Que é compassivo e clemente,
A recordar que é possível a fraternidade
E a igualdade é meta a atingir.
Envias-me a despertar consciências adormecidas
A tranquilizar os consumidos
A sossegar intranquilos e irritados
A criar clima de harmonia e acolhimento.
Envias-me todos os dias, todos os momentos
Aos Teu filhos todos
A todos os recantos escondidos
A levar a Tua mensagem de vida, paz e perdão.
Envias-me para que consiga para todos
A vida em abundância que brota de Ti,
A dignidade completa
O amor e o pão partido e repartido
Em fraterna solidariedade.

21 de fevereiro de 2011

História de um poema


Como eu gostava de inventar uma palavra…
A palavra Amor onde coubesse a razão.
Tento (d)escrever o que sinto…
E perco-me… como versos de um poema
Que subitamente chegam ao fim.
Gostava até de saber escrever poemas
Só para contar como é bom perder-me,
Mudar de verso e continuar…
E permanecer igual como perfume
Numa tira de papel.
Eu paro… porque a razão não se escreve,
O amor não se conta,
E os poemas não são meus.
… E as histórias continuam a escrever-se em poemas.
 (correspondência de poemas)

História de um poema



Luzes cintilam no meio da água
E jorra de lá, efervescente, uma suave claridade
Que invade
Qualquer adormecido.
Ecoam estalidos
De música ambiente
Que faz do frio, quente
E da noite
Aurora resplandecente.
Sentado à beira do caminho
Contemplo,
Vejo e apre(e)ndo
E sinto uma presença, ausente,
Que neste ambiente, frio-quente,
Se afigura inundada e alagada
E transforma um qualquer nada
Em amado Tudo!
(correspondência de poemas)

12 de fevereiro de 2011

Hístória de um poema


Um poema escondido no bolso
Escrito numa noite em segredo
Guarda das luzes a lua
E da cidade a magia.
Um poema que o silêncio cala
E as palavras sussurram baixinho:
Por ser nada e tudo sou proibido
E nem estas palavras existem.
com a devida vénia à autora

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...