2 de março de 2014

Primeiro Deus. Poema(s) no VIII domingo comum




Primeiro Deus!

Enredados, atolados e perdidos,
Cansados de tudo, cheios de coisas.
Corações carregados de pedras e de loisas,
Prisioneiros, escravos, neutralizados, invadidos...

Da teia por nós tecida, cada dia,
Das canseiras, das preocupações - tantas asneiras!
Liberta-nos, ó Deus Livre e Libertador,
Faz-nos calcorrear o caminho do amor.

Primeiro Deus, sempre primeiro,
Só Ele sacia a fome de alimento
Que não se vende nem se compra - Deus verdadeiro,
Que és o único e saboroso sustento.

Como suave contraponto à nossa teia
As aves do céu, livres e soltas
E os lírios do campo, belo escarlate...

O amor verdadeiro está sempre em primeiro;
Amor tatuado na palma da mão de Deus.
Em tudo e sempre só preciso amar-Te.



Nudez da essência

Não queiras ter outro amor
Nunca será tanto o seu valor
Como o que te dá Deus, nosso Senhor
O dom da Vida e do Amor.

Não sacia a fome o alimento
Que o dinheiro pode comprar.
O verdadeiro sustento
É Deus quem o pode dar.

De que interessa bem vestir
Para apenas bem parecer,
Se a alma nua não sentir
A confiança em Deus a crescer?

É bela a nudez da essência
Que suporta a nossa existência.
Somos filhos tatuados nas mãos do Senhor
Somos projecto perfeito do Amor


Pe. JAC

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