É Natal,
Ou talvez não,
Pois afinal,
O povo que viu a luz,
Ainda está na escuridão.
É Natal,
Mas não em lar muito farto
Dos que matam a esperança
Ou adiam o seu parto.
É Natal,
Mas não de Jesus,
Enquanto o egoísmo impedir
O amor de dar à luz
É Natal,
Mas não no hipermercado
Onde as compras e anúncios
Dispensam o Anunciado.
É Natal,
Mas não nas lojas e nas montras
Que adoram o Pai Natal
Como ídolo das compras.
É Natal,
Mas não nos bairros degradados
Em que nascem novos Cristos
Para serem crucificados.
Não é ainda Natal…
Mas basta um Francisco de Assis
Mostrar-nos Belém tal e qual
Para ser Noite Feliz.
Adaptado Isidro Lamelas
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