9 de setembro de 2011

Os padres ao serviço da Igreja e Homenagem...


Escreveu-se assim no boletim "Caminhando" da UPA, de Agosto-Setembro. Texto do Pe. José Camões
Porque somos inevitavelmente uns dos outros criamos ligação que se aprofunda na medida em que entrelaçamos as nossas vidas: os momento de alegria, convívio, diversão deixam uma marca cujo tempo facilmente apagará; outras situações em que vamos partilhando anseios, problemas, projectos… assinalam mais funda a nossa relação e interdependência; momentos como os que nos fazem mergulhar tantas vezes na dor, no sofrimento, na construção comum de algo melhor, na partilha da experiência pessoal que se traduz em busca de sentido para a vida são pedras de uma construção que se solidifica com mais facilidade…
A vida do padre enquadra-se nesta última categoria, dada a sua missão específica; logicamente que se sinta com mais profundidade a separação, a mudança.
Já é de todos conhecida a saída do Pe. Zé António da equipa da Unidade Pastoral (UPA) para outro serviço a que a Igreja o chama (ainda na nossa diocese) através da pessoa do Bisp diocesano.
Resta-nos dar graças a Deus pela sua presença entre nós ao longo destes quase
dois anos, pelos desafios que deixa na experiência da UPA e pelos dons que o
Senhor lhe concedeu para poderem render ao serviço desta Igreja que somos.
Por outro lado, dada a dimensão pastoral em que estamos envolvidos, vamos poder beneficiar e ser apoio para um jovem que se encaminha para o sacerdócio que virá integrar a nossa equipa. O Nuno Queirós terminou já o curso teológico enquanto colaborador na paróquia de Esgueira, e fará connosco uma experiência pastoral em contexto mais alargado e diversificado; um jovem, natural de Santo Tirso, que quer responder ao apelo que o Senhor da Messe lhe faz.
Vamos acolhê-lo e ajudá-lo na generosidade que o Evangelho propõe: esta será a medida para podermos ser ajudados…

(E na última página escreveu-se assim:)

HOMENAGEM AO PE. ZÉ ANTÓNIO – QUERES
PARTICIPAR?
Não deve ser apenas por “ser de bom tom”. Será muito melhor se for por atenção,
gratidão e amizade. Prestar uma homenagem, por mais simples que seja, dá ânimo
e liga-nos mais uns aos outros, prolonga o gosto de viver.
A proposta é que não deixemos que tudo se desvaneça com o tempo, que as boas
recordações não se reduzam a cinza espalhada pelo vento, que o esforço e
dedicação do tempo que o Pe. Zé António esteve connosco não desapareçam sem
deixar marca.
A melhor e maior gratidão que o Pe. Zé António agradece é ter consciência de que
o que ele ensinou e se esforçou por fazer compreender e viver seja prolongado
na vida de cada um. Essa a homenagem que ele merece.
Ele ensinou os jovens e adultos a conhecer o Evangelho e a vivê-lo; dedicou-se a
fazer compreender como se pratica a fé cristã; deu exemplo do que é ser cristão
no mundo de hoje; mostrou como a participação semanal na Eucaristia é alimento
indispensável para o testemunho da fé em Jesus Cristo; ajudou a compreender que
o perdão de Deus nos chega através do sinal da reconciliação; deixou sinal de
que a oração é apoio inseparável da vida.
Como o Pe. Zé António ficará feliz ao saber que os que ele acompanhou nestes quase
dois anos continuam a cumprir, a viver o que ele ensinou! A tristeza maior que
o irá acompanhar seria vir a saber que uns deixaram de estar na missa, outros
abandonaram a catequese, outros voltaram as costas à Igreja a que pertencemos…
Tu que conheceste e acompanhaste o Pe. Zé António ao longo destes quase dois anos,
queres associar-te a esta homenagem? Estás disposto/a a saber agradecer a Deus
o dom que nos foi dado na sua pessoa, vivendo com mais entusiasmo e empenho a
fé cristã como a Igreja nos ensina?
Não há melhor homenagem! O Pe. Zé António ficará com a alegria de não ter sido
inútil a sua dedicação e trabalho nestas terras de Águeda onde se sentiu bem
acolhido.

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