9 de agosto de 2017

Caminho de Santiago de Compostela


Carimba no coração o nome do irmão!

Preguiça e comodismo. Medo e tibieza. Férias e trabalho. Indisponibilidade e até incapacidade. De tudo isto fiz desculpa durante vários anos para evitar fazer o Caminho de Santiago!

Este ano, dou graças por ter realizado esta experiência espiritual, ciente de que para cada prova há uma esperança! Agora, mais que nunca, sei que até a maior peregrinação começa com um pequeno passo! Dá-lo é imperioso!
Canta assim a fadista: "É preciso perder pra depois se ganhar e mesmo sem ver acreditar"! Aquilo que se ganha na vida e para a vida, no Caminho, depois de "cada passo que demos em frente", "caminhando sem medo de errar", é sumamente mais saboroso que tudo.
Dou graças a Deus por quanto cada passo se revestiu simultaneamente de uma majestade e de uma simplicidade, de um assombro e de uma maravilha permanente. Dou graças a Deus porque no Caminho todos somos importantes, todos somos necessários, todos somos peregrinos.
Quem faz o Caminho em grupo, além dos selos na credencial, como que carimba no coração o nome daqueles que o acompanham. Foi isto que senti em relação a cada um dos que comigo se fizeram em frente, quando celebrei a eucaristia ou a reconciliação, quando partilhei a Palavra, o silêncio e o pão, quando acompanhei no passo firme ou arrastado, quando cantei ou dancei, quando ri e até quando chorei.
Agora, continuo a pedir que Deus me conceda o dom, reforçado também no Caminho, de saber e sentir que sou chamado a ser Padre e Pastor, sem deixar de ser Discípulo! Porque nada terei a dizer aos meus irmãos se não estiver disposto a caminhar com eles, e também fisicamente. Porque quero carimbar no coração o nome de cada irmão!


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