O
Evangelho está cheio de uma teologia simples, a teologia da semente, do
fermento, de inícios que devem florescer. Cabe-nos a nós o trabalho paciente e
inteligente de quem cuida dos rebentos. (…)
A
parábola dos talentos é o poema da criatividade, mas sem voos retóricos. (…)
Aquilo que tu podes fazer é apenas uma gota no oceano, mas é essa gota que pode
dar sentido a toda a tua vida.
A
parábola dos talentos é um convite a não ter medo, porque o medo paralisa,
torna-nos vencidos e estéreis. Quantas vezes temos renunciado a vencer apenas
pelo medo de ficar derrotados. O Evangelho ajuda-nos de três formas: a não ter
medo, a não meter medo e a libertar do medo. (…)
Não
há nenhuma tirania, nenhum capitalismo da quantidade no Evangelho. Com efeito
quem devolve dez talentos não é melhor do que quem entrega quatro. (…) Qualquer
que seja o dom que recebeste, pequeno ou grande, o essencial é que tu o
valorizes. As contas de Deus não são quantitativas, mas qualitativas.
Ermes
Ronchi e Marina Marcolini, in A esperança que nasce da Palavra
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