A procura da vontade de Deus necessita de mediações
humanas e, sobretudo, de mediadores humanos: de mestres, isto é, pessoas capazes de fazer e ser sinal, capazes de
orientar o caminho de uma pessoa; e de pais,
isto é, pessoas capazes de gerar para a vida segundo o Espírito. (…)
O pai espiritual é pessoa humilde que não
seduz, não atrai para si, não tem os discípulos apegados a si, mas educa-os,
condu-los à adesão teologal, faz-se mestre de liberdade guiando-os para a
relação pessoal e inefável com o Senhor. É o homem ciente da importância dos limites e sabe
pô-los àquele que guia e respeitá-los ele próprio. Só quem vive, não para si mesmo,
mas para o Senhor, poderá ajudar outros a viver para o Senhor e a libertar-se
da sua própria vontade.
«O que
procurais?» São estas as palavras que Jesus dirige aos dois discípulos que
começaram a segui-lo. É uma pergunta importante para nós hoje. Qualidade
essencial do cristão é, de facto, o buscar a Deus. O cristão não é chamado a
ser um militante hiperativo, mas o que procura Deus.
Luciano
Manicardi, Comentário à Liturgia Dominical e Festiva
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