26 de dezembro de 2008

Visita pastoral a Nogueiró

Cristãos devem ser
templos da Palavra

Foto e Texto: José António Carneiro

O Arcebispo de Braga pediu que os cristãos sejam templos espirituais que acolhem Jesus e a sua palavra. Durante a Eucaristia de encerramento, na visita pastoral a Nogueiró, em Braga, D. Jorge Ortiga, crismou mais de duas dezenas de pessoas às quais deixou o desafio de, na festa de Natal que se aproxima, acolherem Jesus como o Verbo, a Palavra enviada por Deus.
Na homilia da celebração, a partir da primeira leitura da liturgia da Palavra do quarto domingo do Advento, D. Jorge Ortiga, disse que, felizmente, «há já muitos templos físicos e casas de Deus». No entanto, o que pode faltar – e falta mesmo – são templos espirituais ou seja, pessoas que sabem acolher e dar lugar a Deus na sua vida, defendeu.
Também a partir do exemplo de acolhimento que é Nossa Senhora – a figura central do Evangelho de ontem – o prelado desafiou os cristãos a uma atitude de serviço e de confiança em Deus.
Aos paroquianos presentes, D. Jorge Ortiga relembrou a necessidade da formação cristã permanente e da responsabilidade que têm na construção da Igreja.
Terminada a homilia, o Arcebispo de Braga ministrou o sacramento do Crisma a nove indivíduos do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Estes que receberam o terceiro sacramento da iniciação cristã prepararam um ofertório solene e uma encenação de acção de graças onde destacaram a ideia de que o Natal é a festa do nascimento de Jesus que é a Palavra enviada por Deus Pai ao mundo.
Antes de terminar a celebração, D. Jorge Ortiga, tal como em outras comunidades do arciprestado, entregou uma Bíblia a uma família da paróquia para que possa correr e passar pela casa de muitos paroquianos e «suscite mais amor nas famílias».
Já no adro da igreja, onde se realizou um pequeno convivo, o prelado soltou uma pomba que tinha sido levada ao altar, simbolizando o Espírito Santo, que desceu sobre os que receberam o sacramento do Crisma.
O padre Miguel Ângelo Costa, pároco de Nogueiró e Tenões, confirmou ao Diário do Minho que a visita pastoral do prelado contribuiu para unir e reunir a comunidade à volta da Palavra de Deus.
Sobre a comunidade paroquial disse que, felizmente, as pessoas aderem aos desafios lançados, mas em relação ao número de agentes de pastoral confessou que «mais pessoas fazem falta e são bem vindas».
Em relação a projectos e a infra-estruturas, o pároco disse que está a ser estudada a possibilidade de se construir uma capela mortuária junto à igreja paroquial.
Também junto da capela de Nossa Senhora da Consolação vão decorrer obras ao nível da recuperação e melhoramentos do adro e zona envolvente. Além disso, segundo o sacerdote, a Junta de Freguesia local tem um projecto para a construção de habitações sociais junto àquele espaço de culto.
O padre Miguel Ângelo Costa, que é também capelão do Hospital de São Marcos, falou ainda da dificuldade ao nível da zona pastoral que se prende com o facto de em muitos colégios haver catequese impedindo, de certa forma, uma identificação das crianças e das famílias com a respectiva comunidade. «Temos sentido essa dificuldade nas reuniões de zona», disse, ressalvando que também a proximidade com Braga leva a uma certa diluição da missão da zona pastoral e do próprio arciprestado.

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