Perante um cenário generalizado de falsidade, hipocrisia e mentira, em alguns casos de corrupção, que Portugal vai vivendo e vendo todos os dias ao nível da política, parece-me pertinente recordar e recuperar o sábio axioma de Eça de Queirós: «Os políticos são como as fraldas: têm de ser mudados frequentemente pelos mesmos motivos».
Com ar de verdade de “La Palice”, é frequentemente esquecida, não colocada em actos, nem cumprida no dia-a-dia.
Podíamos, a este respeito, evocar aqui muitos casos a nível nacional, mas bastar-nos-á alguns casos mais contextualizados.
Mesquita Machado, em Braga; António Magalhães, em Guimarães; Joaquim Barreto, em Cabeceiras de Basto, Mota e Silva, em Celorico de Basto; Fernando Reis, em Barcelos, Rui Solheiro, em Melgaço, Defensor Moura, em Viana do Castelo; Daniel Campelo, em Ponte de Lima; José Ribeiro, em Fafe; Mário Almeida, em Vila do Conde; José Manuel Carpinteira, em Vila Nova de Cerveira...
Estes “dinossauros” da política regional autárquica estão há vários mandatos a governar no Minho português.
Por isso, para que as actividades destes “ilustres” presidentes não dêem naquilo que resta para as fraldas dos bebés depois da digestão, é necessário uma política preventiva. Esta pode ter duas formas: primeiro, que os mesmos “ilustres” se dêem conta disso e se antecipem ou, então, que o Povo os ajude a dar conta da imundície.
Sabendo que a verdade queirosiana ainda perdura, convém que os eleitores digam a palavra importante que têm em todo este processo.
Se um qualquer desses candidatos teima em “empoleirar-se” – apesar de, com a obra feita, ir contribuindo para aumentar a carga das empresas que trabalham ao nível do saneamento e esgotos –, convém que o Povo recorde outra verdade: em democracia, o Povo é quem mais ordena!
Não duvido que, para bem de muitos, seja necessário “desempoleirar” alguns políticos.
E voltando à analogia inicial, recordemos que os bebés não escolhem se querem estar com fralda ou sem ela. Assim, também os políticos não se auto-elegem. Precisam de votos. Daí que, se é necessário os pais mudarem as fraldas aos filhos recém-nascidos, também é necessário os eleitores mudarem alguns políticos.
Se assim for, não se correrá o risco de o “cheiro” se tornar insuportável.
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é... infelizmente esse é um problema que partilhamos aqui no Brasil também...
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