6 de junho de 2009

Hospital S. Marcos aprovado ao nível da gestão de resíduos


Seminário contou com painel de convidados unânime

O Dia Mundial do Ambiente foi o dia escolhido pelo Hospital de S. Marcos (HSM) para mostrar que este está a verificar resultados positivos ao nível da gestão dos resíduos provenientes da sua política ambiental que conta com o apoio da Braval, da Agere e da Ambimed. Num seminário promovido ontem pela equipa da Gestão do Risco desta unidade hospitalar, representantes destas três empresas apresentaram os bons resultados obtidos pelo e no Hospital de S. Marcos, que se assume como instituição atenta e preocupada com as questões ambientais e de poupança energética.
O seminário denominado “Abrir uma janela para… o ambiente” contou com a presença de Lino Mesquita Machado, na abertura dos trabalhos, e o administrador do hospital destacou, desde logo, algumas das acções recentes, promovidas pelo hospital, que vão na linha da defesa do ambiente que é uma questão de saúde pública. «Mesmo antes de haver legislação sobre gestão de resíduos em hospitais, já aqui tínhamos normas concretas a cumprir nesse sentido», afirmou, salientando que o HSM está no bom caminho da promoção e defesa ambiental e na poupança energética.
Das empresas e instituições presentes no seminário, Pedro Machado, da Braval, foi o primeiro a intervir e a louvar a atitude pró-activa do S. Marcos. «Louvo e agradeço viver numa região que tem um hospital que se preocupa com o ambiente», sustentou logo de início.
O director geral executivo da empresa intermunicipal referiu-se às inovações introduzidas na Braval – precisamente ontem – que passa a designar-se Ecoparque Braval e que pretende, mais que fazer a recolha selectiva dos resíduos, a sua valoração, tendo em conta as medidas e as directrizes emanadas pela Comissão Europeia. «Se não cumprirmos os objectivos teremos taxas pesadas a pagar», afirmou.
Pedro Machado revelou ainda alguns dados do protocolo estabelecido entre HSM e Braval há um ano atrás que o levam a afirmar que «muito trabalho já foi feito, mas ainda há caminho a percorrer» no âmbito da melhoria pretendida ao nível da gestão de resíduos.

Taxa
da recolha de lixo
«é cara»
Da Agere marcou presença Nuno Ribeiro que defendeu a centralidade desta empresa no que diz respeito à questão da saúde pública. Apresentando as significativas melhorias avançadas pela empresa – Braga é um concelho com uma taxa de cobertura da rede de água na ordem dos 98 por cento e dos 95 por cento em relação ao saneamento – sustentou que já foram investidos pela empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga cerca de 50 milhões de euros na melhoria das condições. «Isto é saúde pública», frisou Nuno Ribeiro.
O responsável anotou ainda que no ano transacto foram poupados cerca de 400 mil metros cúbicos de água, facto que nota a atenção da empresa em relação ao tão badalado problema da falta de reservas hídricas.
Em relação à recolha dos lixos, Nuno Ribeiro sustentou que a colocação de ecopontos na cidade de Braga traduziu-se numa redução de lixo em cerca de 50 toneladas por dia. «Das 250 toneladas de lixo, em média, que a Agere recolhe diariamente, conseguimos baixar o número para 150», declarou.
Nuno Ribeiro fez também a apologia da Agere sobre as taxas pagas pelos munícipes. «Não temos saldos negativos, mas também não temos lucros», frisou, referindo que «a taxa é cara», mas «serve bem o munícipe».
Finalmente, Anabela Januário, da Ambimed, referiu-se ao trabalho feito no HSM em relação à gestão de resíduos hospitalares. Dando conta da legislação vigente, a responsável apresentou a divisão e fez a diferenciação dos quatro grupos de resíduos produzidos em hospitais ou estabelecimentos congéneres.
Recolha selectiva, regras de acondicionamento, tratamento e transporte dos resíduos hospitalares – equiparados a urbanos, hospitalares não perigosos, de risco biológico ou ainda de risco específico – foram pontos abordados por esta responsável que, como os anteriores, enalteceu o trabalho do hospital bracarense ao nível da política ambiental.
Neste seminário intervieram ainda Joana Castro, da Société Générale de Surveillance (SGS), sobre “Certificação ambiental. Que desafios?” e Amparo Barreiro e Marta Guilherme sobre “Avaliação do conforto térmico em hospitais e centros de saúde na Região Norte”, um projecto do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte.

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