Durante o Congresso Sacerdotal que participei em Braga escrevi quatro textos/poemas que partilho convosco. Estão dentro da temática partilhada em cada um dos dias dessa iniciativa. Vão por ordem.
Há palavras que falam caladas
E gestos que dizem sem falar.
Há olhos que vêm sem ver
E ouvidos que ouvem sem ouvir.
Há homens que são sem o ser
Há mundo que, tantas vezes, o não é.
Há um desalento desesperante
Capaz de levar à loucura
O mais confiante.
Porquê?
Estaremos voltados ao desespero?
Estaremos às portas do caos?
Estamos, isso sim, num tempo de vertigem,
De veloz transformação
De aparente superação do passado ido.
É o tempo da metamorfose.
Mudança.
De mudança em mudança
Parece o signo da humanidade.
Virá, com certeza, o tempo – ou sem-tempo –
Do cosmos reunido, harmónico e orientado,
mas nunca parado e estacionado.
Virá com poder da pequenez,
Da força da fragilidade,
De um Deus deixado morrer
Trucidado e moído
Na cruz dos nossos pecados
para nos pôr em movimento
rumo à libertação.
12.01.2010
José António,
ResponderEliminarEstou mesmo sem saber comentar e aí valho-me do 1º verso que li : "Há palavras que falam caladas". É que às vezes é difícil descrever a beleza e a profundidade. Muito difícil e quando nos tocam tanto.
Tão simples e tão bonitas, as que por último, nos falam de Esperança.
Abraço,
Malu
Caro José António
ResponderEliminarApenas e só: Belíssimo e profundo!
Abraço amigo em Cristo
Caro amigo José António
ResponderEliminarEnviei-lhe um mail que peço leia com brevidade.
Abraço amigo em Cristo
ZÉ TÓ
ResponderEliminarQUE POEMA LINDO. DE UMA ACTUALIDADE EXTREMA.
mOSTRA A DOR DO MUNDO MAS TAMBÉM APONTA A ESPERANÇA
OBRIGADA MEU AMIGO
uTILIA
belíssimo poema!
ResponderEliminarabraços fratenos
Gisele