«Baptizado com o Espírito Santo, e declarado por Deus «o Filho meu», «o Amado» (Lc 3,21-22), Jesus é conduzido pelo Espírito Santo através do deserto (Lc 4,1), lugar teológico e não meramente geográfico – com muita água (Jo 3,23) cumprindo Is 35,6-7, 41,18 e 43,19-20, com árvores (canas) (Lc 7,24) e relva verde (Mc 6,39) cumprindo Is 35,1 e 7 e 41,19 –, lugar provisório e preliminar, preambular, longe do que é nosso, onde se está «a céu aberto» com Deus, onde troará a voz do seu mensageiro (Is 40,3), de João Baptista (Lc 3,2-6), do próprio Messias segundo uma tradição judaica recolhida em Mt 24,26.
O deserto é o lugar onde se pode começar a ver a «obra» nova de Deus (Is 43,19). Sendo um lugar provisório, aponta para a Terra Prometida e definitiva do repouso.
O deserto é lugar de passagem. Sem pontos de referência nem marcos de sinalização. Se o rumo não estiver bem definido, o viandante corre o risco de se perder no deserto da vida e de nunca chegar à Vida verdadeira.»
D. António Couto
Zé Tó
ResponderEliminarOs desertos das nossas vidas são muitas vezes dificeis a ultrapassar,e o mais dificil é quando se morre de falta de água viva.
Obrigada pelo texto tão ilucidadtivo.
E que o Espirito Santo te dê luz para o 10ºdia da quaresma
Beijinhos da amiga Utilia
Na nossa "caminhada" os desertos exigem uma maior atenção, reflexão e cuidado, para não nos perdermos.
ResponderEliminarPodem ser lugares duros e áridos, mas acreditamos, que no seu final, sempre haverá um "oásis" uma terra prometida...
Apesar do nosso cansaço, move-nos a confiança de que o Senhor sempre nos acompanhará, para converter os "nossos" desertos em verdes prados...
Cabe a cada um aceitar ou não os "pontos" de referência...
Abraços e obrigado pelo post