21 de dezembro de 2017

Maria, ímpar missão!



Não expliquemos. Contemplemos. “Revelação de 
um mistério envolvido em silêncio 
desde os séculos eternos”… (Rm 1,25). Não peçamos a 
Deus que ele justifique seu 
modo de agir para os nossos critérios “científicos”. 
Quanto sabemos das coisas da criação… 
e das do Criador? Admiremos o modo de Deus 
se tornar presente. E, sobretudo, 
não queiramos fazer da mãe de Jesus uma Maria 
qualquer. Será que temos medo de reconhecer 
que, em algumas pessoas, Deus faz coisas especiais? 
Estamos com ciúmes? 
Ora, não acha cada qual a sua namorada excepcional 
em comparação com as outras moças? 
Não neguemos a Deus esse prazer…
Essa admiração, porém, não é alienação. Só por ser 
verdadeiramente humano é que 
Jesus realiza entre nós uma missão verdadeiramente divina.
 Pois se fosse um anjo, nada teria 
a ver conosco. Jesus é tão humano como só Deus pode ser. 
Que ele é descendente de Davi 
significa que ele resume em si toda a história humana. 
Resume, recapitula, reescreve 
essa história. A história de Adão, a história de Davi, 
o “reinado”, da comunidade humana
 política e socialmente organizada. Será que desta vez 
vai dar certo – menos guerra, 
adultérios, idolatrias…? Da sua parte, a 
“qualidade divina” da obra está garantida. 
Deus está com ele, “Emanuel”. Mas, e da nossa parte?
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes

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