5 de março de 2009

Oficina de S. José quer novas valências sociais



A Oficina de S. José quer abrir novas valências sociais, concretamente, novas instalações para um lar de rapazes e de raparigas, lar de idosos e apartamento de autonomização. A instituição bracarense que está a comemorar 120 anos da sua fundação, é responsável pela educação de centenas e centenas de pessoas ao longo da sua história, que ainda hoje manifestam um sentimento de gratidão à instituição. O segredo do sucesso educativo estará no profissionalismo da acção técnica desenvolvida e na coesão da equipa de educadores da Oficina de S. José.
Segundo o cónego Fernando Monteiro, director interno da instituição, na perspectiva da celebração dos 120 anos, a direcção contactou, há cerca de dois anos, um arquitecto para elaborar um projecto de uma nova casa mais adequada às exigências dos novos tempos.
Dada a localização privilegiada da Oficina de S. José e sabendo-se da intenção de fazer obras de raiz no edifício, a direcção foi contactada por «promotores imobiliários com vivo interesse na aquisição das actuais instalações» e, segundo o director interno, com propostas que «chegaram a números concretos que superavam as nossas expectativas».
Todavia, até ao momento os negócios não se concretizaram, facto que impossibilita, de momento, a concretização do sonho com recursos próprios e sem necessidade de «mendigar», como refere o cónego Fernando Monteiro.
Mas, a instituição não desiste e, por isso, está apostada em dar início a um «novo edifício com mais valências sociais de apoio não só a rapazes como também a meninas, suas irmãs», diz o também Ecónomo da Arquidiocese. «Estamos dispostos, caso as autoridades responsáveis por esta área social, assim o entendam e estejam interessadas, não só a construir um lar ajustado à realidade contemporânea, como a criar outras respostas sociais direccionadas particularmente à infância.
Na linha dos objectivos fundacionais da instituição, na qual se aprendia uma profissão para a vida, a actual direcção quer dar prioridade à instrução escolar e formação profissional. Nesse sentido, pretende «estabelecer parcerias com o Centro de Emprego para novos cursos de formação quer para os alunos internos, quer para externos», revela o director interno. Dentro do leque de cursos de formação profissional a criar estão, por exemplo, artes gráficas, hotelaria, lavandaria e hortofloricultura.
Fernando Monteiro refere que os corpos gerentes da Oficina de S. José «apoiam de alma e coração a equipa técnica que mais de perto acompanha os menores institucionalizados».
Dando conta da coesão, competência e delicadeza da equipa liderada por Serafim Gonçalves, o capitular entende que sem estas qualidades «seria impensável nos tempos que correm esta instituição prosseguir os seus objectivos».

Instituição tem algumas
fontes de rendimento
Em relação aos recursos materiais e ao financiamento da Oficina de S. José, o director interno defende que «são aspectos absolutamente importantes e necessários», mas coloca a tónica, por um lado, na sociedade civil da qual devem surgir «pessoas que se dediquem a estas causas tão exigentes e nobres» e, por outro, nos governantes que devem ter «sensibilidade para estimular e apoiar estas instituições.
Em concreto, a Oficina de S. José de Braga vive dos apoios financeiros provenientes da Segurança Social e das receitas de alguns recursos próprios como, por exemplo, rendas de edifícios e a Gráfica.
Todavia, a solidariedade e a generosidade de benfeitores é uma constante, pois «muitas são as pessoas que se têm dedicado à Oficina de S. José ao longo da sua história, graciosamente», afirma o cónego Fernando Monteiro, que conclui: «Precisamos sempre da ajuda, estímulo e apoio de todos, na certeza de que todos não seremos demais».

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