Por mais cíclica que a História possa ser, ela deveria obedecer a uma regra de progressividade em espiral infinitamente crescente.
No que respeita ao milagre do Natal, o milagre da Encarnação do Filho de Deus, as coisas não se afiguram desse modo. Nisto do Natal, as coisas são tão rectamente progressivas que ficou muito longe, muito afastado o horizonte do princípio e da origem, a fonte e a nascente. E quando assim é, vamos sem saber como e sem saber para onde porque esquecemos o donde...
Perdemos a memória do milagre de Natal. Perdemos o encanto e a beleza e a luz e as estrelas de Belém... Perdemos os olhos brilhantes e luzidios do Menino, perdemos o calor do afago e do abraço de Maria e perdemos a firmeza e a protecção de José. Perdemos o encanto das palavras e da Palavra, do Verbo que se faz Pessoa, que se faz Presente para nós.
Deste modo, perdemos o verdadeiro Natal. E continuaremos a perdê-lo, em cada ano, em cada dia, sempre que não soubermos contar e cantar a toada daquela melodia divina que se faz ouvir daquele rincão de Belém, desde há muitos anos. Porque, como diria Ignacio Buttita: um povo torna-se pobre quando lhe roubam as canções que aprendeu dos seus pais. E em relação à música do Natal, estamos cada vez mais pobres.
Perdemos o sentido do caminho que nos faz sentir o Natal. Percorremos corredores de montras, fazemos corridas e maratonas entre lojas, calculamos preços caros o bastante e baratos o suficiente, desviamo-nos das pessoas nesta correria desenfreada de um consumismo feroz. Esvaiu-se o tempo para parar e sentir, para preparar uma casa e o coração para acolher Aquele que nasce para cada um de nós. E a crise em tempo de Natal parece que não é mais que o próprio Natal em crise!
As luzes, tantas luzes, piscam num inconstante e frágil brilhar, numa artificialidade que a natureza das estrelas desconhece. Esquece-se o Presente numa lista imensa de prendas, perde-se a partilha num egocêntrico sentir, num olhar desfocado que sorri com o rasgar eufórico de papéis de embrulho, em vez de sorrir com o surgir radiante de uma Vida... dada inteira para nós.
Contrasta o consumismo, com o que deveria ser altruísmo: um Deus Prenda e Presente para nós. Contrastam os motivos exteriores dos festejos, com a interior razão da alegria do Natal: o milagre do Dom de Deus por e para mim. Contrasta esta espécie de "Natal" de contrastes...
A essência do verdadeiro Natal jamais mudará ou passará... é como o Amor. Porque o milagre do Natal é mesmo o milagre do Amor. ~
No que respeita ao milagre do Natal, o milagre da Encarnação do Filho de Deus, as coisas não se afiguram desse modo. Nisto do Natal, as coisas são tão rectamente progressivas que ficou muito longe, muito afastado o horizonte do princípio e da origem, a fonte e a nascente. E quando assim é, vamos sem saber como e sem saber para onde porque esquecemos o donde...
Perdemos a memória do milagre de Natal. Perdemos o encanto e a beleza e a luz e as estrelas de Belém... Perdemos os olhos brilhantes e luzidios do Menino, perdemos o calor do afago e do abraço de Maria e perdemos a firmeza e a protecção de José. Perdemos o encanto das palavras e da Palavra, do Verbo que se faz Pessoa, que se faz Presente para nós.
Deste modo, perdemos o verdadeiro Natal. E continuaremos a perdê-lo, em cada ano, em cada dia, sempre que não soubermos contar e cantar a toada daquela melodia divina que se faz ouvir daquele rincão de Belém, desde há muitos anos. Porque, como diria Ignacio Buttita: um povo torna-se pobre quando lhe roubam as canções que aprendeu dos seus pais. E em relação à música do Natal, estamos cada vez mais pobres.
Perdemos o sentido do caminho que nos faz sentir o Natal. Percorremos corredores de montras, fazemos corridas e maratonas entre lojas, calculamos preços caros o bastante e baratos o suficiente, desviamo-nos das pessoas nesta correria desenfreada de um consumismo feroz. Esvaiu-se o tempo para parar e sentir, para preparar uma casa e o coração para acolher Aquele que nasce para cada um de nós. E a crise em tempo de Natal parece que não é mais que o próprio Natal em crise!
As luzes, tantas luzes, piscam num inconstante e frágil brilhar, numa artificialidade que a natureza das estrelas desconhece. Esquece-se o Presente numa lista imensa de prendas, perde-se a partilha num egocêntrico sentir, num olhar desfocado que sorri com o rasgar eufórico de papéis de embrulho, em vez de sorrir com o surgir radiante de uma Vida... dada inteira para nós.
Contrasta o consumismo, com o que deveria ser altruísmo: um Deus Prenda e Presente para nós. Contrastam os motivos exteriores dos festejos, com a interior razão da alegria do Natal: o milagre do Dom de Deus por e para mim. Contrasta esta espécie de "Natal" de contrastes...
A essência do verdadeiro Natal jamais mudará ou passará... é como o Amor. Porque o milagre do Natal é mesmo o milagre do Amor. ~
Se queres que seja Natal,
volta a olhar e a apreciar,
aquela pequena e brilhante luz
que rasgou a escura e fria noite,
e aqueceu de mansinho o coração humano.
Sê contador do maior milagre do Amor!
Feliz Natal!
Texto publicado na edição de 19 de Dezembro do Correio do Vouga
Pe. JAC
volta a olhar e a apreciar,
aquela pequena e brilhante luz
que rasgou a escura e fria noite,
e aqueceu de mansinho o coração humano.
Sê contador do maior milagre do Amor!
Feliz Natal!
Texto publicado na edição de 19 de Dezembro do Correio do Vouga
Pe. JAC
Passo para desejar Feliz Natal repleto de muito amor, paz, saúde, e que Jesus resnaça no coração.
ResponderEliminarPaz e Bem