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15 de outubro de 2014

Santa Margarida Maria Alacoque






Nasceu em 1647 na diocese de Autun (França). Acolhida entre as Irmãs da Visitação de Paray le Monial, progrediu de modo admirável no caminho da perfeição. Teve revelações místicas, particularmente sobre a devoção ao Coração de Jesus, e contribuiu muito para introduzir o seu culto na Igreja. Morreu a 17 de Outubro de 1690.

Das Cartas de Santa Margarida Maria Alacoque, virgem

Devemos conhecer o amor supereminente da ciência de Cristo

Parece me que a intenção de Nosso Senhor ao manifestar tão grande desejo de que o seu Sagrado Coração seja especialmente venerado, é renovar nas almas os efeitos da sua redenção. Na verdade, o Sagrado Coração é uma fonte inesgotável que não pretende senão comunicar se aos corações humildes, para que, mais livres e disponíveis, orientem a sua vida na entrega total à sua vontade.
Deste divino Coração brotam sem cessar três canais de graça. O primeiro é o da misericórdia para com os pecadores, sobre os quais infunde o espírito de contrição e de penitência. O segundo é o da caridade, para auxílio de quantos padecem tribulações e em especial dos que aspiram à perfeição, a fim de que superem todas as dificuldades. O terceiro é de amor e luz para os seus amigos perfeitos que deseja unir a Si para os tornar participantes da sua ciência e dos seus desígnios, a fim de que eles se consagrem inteiramente a promover a sua glória, cada um à sua maneira.
Este divino Coração é um abismo que encerra todos os bens e é preciso que os pobres Lhe confiem todas as suas necessidades. É abismo de alegria em que devem ficar submersas todas as nossas tristezas; é abismo de humildade contra o nosso orgulho; é abismo de misericórdia para os infelizes; é abismo de amor para saciar toda a nossa pobreza.
Uni vos intimamente, em tudo o que fizerdes, ao Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, para fazerdes vossas as suas disposições e a sua satisfação. Por exemplo: não adiantais nada na oração? Contentai vos com oferecer a Deus as preces que o divino Salvador eleva por nós no Sacramento do altar, oferecendo o seu fervor em reparação da vossa tibieza; e dizei em cada uma das vossas acções: «Meu Deus, faço isto ou sofro aquilo em união com o Sagrado Coração de vosso Filho e segundo as suas intenções; eu Vo lo ofereço em reparação de todo o mal ou imperfeição das minhas obras». E de modo semelhante em todas as circunstâncias da vida. E sempre que vos sobrevém qualquer sofrimento, angústia ou mortificação, dizei no vosso interior: «Recebe o que o Sagrado Coração de Jesus te envia para te unir a Ele».
Acima de tudo, porém, conservai a paz de coração, que supera todos os tesouros. E o melhor meio de a conservar é renunciar à própria vontade e colocar a vontade do divino Coração em vez da nossa, para a deixar escolher por nós aquilo que mais pode contribuir para a sua glória.

(Vie et Oeuvres, 2; Paris [1915], 321.336.493.554) (Sec. XVII)


Pe. JAC

15 de junho de 2009

Relíquias da Santa Margarida Alacoque em Braga



Arcebispo denuncia sociedade
com «défice de coração»


O Arcebispo de Braga denunciou ontem à tarde que a sociedade actual vive um «défice de coração» que não lhe permite olhar para os outros numa atitude de serviço e dedicação. No Mosteiro da Visitação de Santa Maria, em Braga, D. Jorge Ortiga presidiu a uma Eucaristia finda a qual as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque seguiram para o mosteiro visitandino de Vila das Aves sem antes passarem por Balasar.
Na capela do mosteiro cheia de fiéis, o prelado alertou para a necessidade da «formação do coração». Apoiado no pensamento de Bento XVI, em “Deus é Amor”, D. Jorge Ortiga pediu o empenho dos cristãos, em particular, na dedicação e na atenção aos outros, à imagem do coração trespassado de Cristo, que se entregou por todos.
Denunciando a ausência de corações como o do Bom Pastor, ou do Bom Samaritano ou do pai da parábola do Filho Pródigo, o Arcebispo frisou que a atenção ao próximo se deve manifestar «nas pequenas coisas do dia-a-dia» e não tanto quando acontece qualquer problema ou calamidade. «É preciso solidariedade nas pequenas coisas», disse, sustentando que ao mundo actual «falta humanismo».
Como desafio à Igreja arquidiocesana, o prelado exortou a que os cristãos saibam viver o amor não tanto como mandamento imposto mas como consequência espontânea da fé cristã.
«A nossa Arquidiocese pode cair no perigo de ser demasiadamente ritualista e devocional entrando num estado de insensibilidade perante os problemas da sociedade», afirmou. Nesta linha, pediu que a passagem das relíquias de Santa Margarida Maria – «a quem Cristo revelou as maravilhas do seu coração cheio de amor» - seja uma oportunidade para os cristãos aumentarem a sua sensibilidade às interpelações do amor.

[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...