5 de março de 2009

Figura do educador é próximaà figura do pai ou da mãe




Para o director técnico da Oficina de S. José os educadores são a «pedra angular» de qualquer instituição social vocacionada para a educação. A Oficina de S. José de Braga não é excepção a este nível e Carlos Laranjeira, coordenador da equipa educativa, vai mais longe ao aproximar a figura do educador numa instituição de acolhimento de crianças provenientes de famílias disfuncionais, à figura do pai e ou da mãe.
Neste sentido, para Carlos Laranjeira, «a figura do educador deverá entender-se como aquela pessoa que é um ícone de proximidade e uma figura com um carisma paternal no seio da comunidade».
Segundo o regulamento interno da instituição, aponta o coordenador da equipa educativa da Oficina de S. José, «o educador está incumbido de presidir e acompanhar no estudo e de vigiar os rapazes e jovens acolhidos».
Como pedagogo, actua junto dos menores, partilhando vivências e acompanhando-os ao nível do rendimento académico e comportamento humano.
A missão do educador, segundo Carlos Laranjeira, «começa pela sua postura humana como um espelho e um instrumento facilitador da aprendizagem mútua, tornando presente valores, princípios, regras e atitudes conducentes com a pessoa humana».
Na Oficina de S. José de Braga, o educador deve ajudar a «alargar os horizontes pessoais e de realização humana», tentando «mostrar às crianças e aos jovens uma visão construtiva da realidade quotidiana», sem esquecer, todavia, as histórias de vida de cada um.
«Rigor, disciplina, vida regrada e dedicação» são para o coordenador da equipa educativa da instituição qualidades imprescindíveis de um educador, que deve se também um «modelo, não de imitação, mas de caminho para construir».
Tentar ser capaz de «espicaçar, estimular, incentivar e proporcionar o desabrochar de qualidades individuais» nos jovens institucionalizados são outras missões a ter em conta.
Como qualquer rotina quotidiana em seio familiar, na Oficina de S. José também existem tarefas específicas cuja responsabilidade é do educador. Acordar, levantar e deitar diariamente os rapazes; estar responsável por fins-de-semana, feriados e férias, em sistema de rotatividade; acompanhar nos afazeres pessoais relativos à higiene; aplicar a medicação, quando necessário; acompanhar no tempo de estudo, na realização dos trabalhos escolares e no serviço das refeições; planificar, criar, implementar e desenvolver actividades de carácter lúdico e recreativo assim como outras de carácter social e pessoal; ser encarregado de educação de alguns menores junto das escolas e, por fim, dar aconselhamento pessoal e colectivo, vocacional e profissional.
«A experiência vai-nos dizendo que este trabalho "invisível" realiza-se quando há união do gosto pessoal, vontade própria, dedicação aprazível e um sentimento de realização humana naquilo que se faz, num sentido de gratidão em prol de muitos outros seres que têm histórias de vida diferenciadas», afirma Carlos Laranjeira.

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