28 de junho de 2012

Humilde servo

Porque me chamas a mim

Humilde servo pecador

P’ra levar-Te, meu Senhor,

Mundo fora, até ao fim?

 

 É tão grande a missão

De chegar a cada irmão

E dizer-lhe: meu amigo,

Deus está sempre contigo.

 

Quero arriscar e partir

Vou viver para servir,

Levar Deus ao meu irmão,

Entregar meu coração.

pe. JAC



21 de junho de 2012

"Meu Deus. Poesias de um seminarista" faz 6 anos!


Faz hoje 6 anos que foi apresentado o meu primeiro (e único, até ao momento!) livro de poesia intitulado "Meu Deus. Poesias de Um Seminarista". Uma edição patrocinada pela Junta de Freguesia para assinalar a data da elevação a Vila da terra que me viu nascer, S. Torcato.

Refresco a minha memória e, nela, a daqueles que me "seguem", revisitando o pequeno livro e a sessão de apresentação do mesmo. Deixo-vos, primeiro lugar, o texto que li nessa sessão, e depois partilho, dois poemas escritos no livro.


Apresentação do Livro

            Às sábias palavras “Deus quer, o homem sonha a obra nasce”, eu contraponho, em relação a este livro, “Deus quer, Deus sonha, Deus, pela obra, diz-se”. É assim que me sinto em relação a este livro. Posso dizer, com todas as letras, que o autor não sou eu mas Deus. Ele é que me inspirou tudo o que ele contém. Por isso, o livro é vontade de Deus, é o seu querer. O meu trabalho é de co-autoria. Eu passei para o papel o que Ele quis dizer. A minha reflexão é fruto da sua inspiração durante estes últimos cinco anos de formação teológica. Por isso, e porque a minha linguagem, como toda a linguagem, é limitada e imperfeita acautelo os leitores para o risco de que o que se diz sobre Deus não O dizer em totalidade.

            Quando falamos de Deus corremos esse risco, perigoso, porque falamos de uma realidade metafísica, transcendente, que não podemos açambarcar. Porque Deus é Totalmente Outro diferente de nós qualquer definição que façamos é insuficiente e imperfeita. Por isso, “Meu Deus” sem ser um compêndio de teologia é teologia na medida em que é um discurso sobre Deus. E porque a teologia se faz de joelhos, como dizia o teólogo Hans Urs von Balthasar, este livro é, para mim, um livro de oração. E porque de oração se trata permitam-me a leitura do poema “Que mistério é o Meu Deus” (o último poema a entrar nesta compilação).

            Não posso terminar estas palavras sem uma palavra aos propulsionadores deste livro. O primeiro já o referi atrás: Deus! É dele que depende o que escrevo. Além disso, merece todo o destaque a Junta de Freguesia, na pessoa do seu Presidente, o Dr. Bruno Fernandes, meu amigo em todas as horas. Ele, e com ele toda a Junta de Freguesia de S. Torcato e, por consequência, a Freguesia inteira, são os meus mecenas, os responsáveis destas páginas se tornarem um livro. Estendo o meu agradecimento ao Dr. Barroso da Fonte pela estima e amizade que mostrou na edição do livro. Por fim, mas imensamente fundamental, pelo apoio e amizade de anos, a D. Amélia que me colocou este “bichinho” que se chama poesia dentro de mim e que me impulsionou a publicar alguns escritos. Em suma, por mim só, por mérito pessoal, não teria chegado a esta publicação e, por isso, a minha atitude só pode ser uma: gratidão. E na certeza de que sozinho vos não posso recompensar rezo e peço a Deus por cada um de vós. Essa é, com toda a certeza, a melhor recompensa que vos posso ofertar.
José António Carneiro | 21 de Junho de 2006



Que mistério é o Meu Deus!
Procuro com insistência
Palavras p’ra te dizer
Mas que nada significam
No Teu mistério de ser!
As palavras em si mesmas
Não Te dizem com firmeza
Apontam algumas pistas
Que revelam Tua grandeza.
E no fim da reflexão
Que quer desvelar os véus
Eu só posso concluir:
Que mistério é o Meu Deus!

Sequela

Disponível para o reino
Aqui estou de mãos vazias
Pare Te seguir, Senhor
Nada menos me pedias.
Tudo que deixava
Nada fazia sentido
Mas nesta renúncia vi
Que nada tinha perdido.
Ao seguir-Te me realizo
Imerso na novidade
No Teu seguimento encontro
O caminho da felicidade!

Alguns dos poemas publicados no livro (que já esgotou há muito tempo!!!) estão musicados e cantados. Pode ouvi-los no meu canal do youtube aqui

16 de junho de 2012

A semente é a Palavra

 
A semente é a Palavra
que tem em si a irresistível força
de nascer, de florir e de crescer.

A semente é a Palavra
não é preciso puxar por ela
para que irrompa da terra.

A semente é a Palavra
que não precisa que o agricultor
esteja vigiando o desabrochar.

A semente é a Palavra
que aparece sempre depois
da desaparição do semeador.

A semente é a Palavra
é pequena, mas capaz
de fecundar o solo onde cai.

Só por si nasce a semente
da Palavra de Deus,
rosto vivo em Jesus.
Cresce e madura, dá fruto e dá flor
erguendo-se, bem alto, ao tamanho do amor.

A palavra de Deus
grão pequeno e vigoroso
é semente de amor.
Persiste e cresce em cada momento
mas sempre liberta nas asas do tempo.
 
Pe. JAC



 

Quem ouve… pratica!

A Palavra do Senhor,
Vivida e praticada
É a condição maior,
Para uma vida inteira dada.

Escutar com atenção
Praticar no dia-a-dia
É nossa grande missão
Para viver com alegria.

Como espada de dois gumes
Como pão que nos sustenta
Quem a ouve e a escuta
Vive dela e se alimenta.

Ser família de Jesus
É uma graça sem igual,
Tão fácil e tão especial:
É Ele que nos conduz.

Fala-nos, Senhor Jesus,
Porque és nosso bom pastor
És também a nossa Luz
Verdade, Vida e Amor.Pe. JAC

1 de junho de 2012

Concílio Vaticano II e os jovens. Novo livro em co-autoria


Acabo de receber "Vaticano II. 50 anos, 50 olhares", da Editora Paulus.

Uma edição comemorativa do Concílio Ecuménico Vaticano II, na qual também assino um pequeno texto (como os demais 49), acerca do grande acontecimento que foi o último concílio da Igreja, concretamente em relação aos jovens e à pastoral juvenil.


Confesso que ver o meu nome ao lado/junto dos restantes nomes/autores, me assusta um bom bocado... mas também não me deixa triste.


(Brevemente numa livraria perto de si... Por mim, pode/deve comprar!)

«Nasci mais de 15 anos depois do encerramento do Concílio Ecuménico Vaticano II. Sou, portanto, herdeiro "afastado" desta reunião conciliar convocada pelo Papa João XXIII. Aliás, sou tão herdeiro deste Concílio como de todos os outros realizados na história milenar da Igreja, salvaguardando as devidas distâncias temporais.
A minha formação teológica "bebeu" já desta nova aragem trazida pelo Vaticano II. De facto, tendo decorrido há umas boas décadas ainda se pode dizer, e hoje também, passados cinquenta anos, que se tratou e trata de uma aragem nova, de um sopro renovado do Espírito, que conduz a Igreja.»


[A propósito da solenidade de Cristo Rei]

  “Talvez eu não me tenha explicado bem. Ou não entendestes.” Não penseis no futuro. No último dia já estará tudo decidido. Tudo se joga nes...