29 de março de 2009

Alcoolismo juvenil deve entrar na agenda da Pastoral Familiar


Arcebispo de Braga pediu atenção à educação sexual


O Arcebispo de Braga defendeu ontem que o problema do aumento do consumo de álcool entre os jovens portugueses deve figurar na agenda de trabalho das equipas de Pastoral Familiar e também da Igreja. Do mesmo modo, para D. Jorge Ortiga a questão actual da educação sexual nas escolas merece por parte dos agentes que trabalham em prol da família atenção e discernimento.
O responsável máximo da Arquidiocese de Braga falava ontem numa reunião com os responsáveis dos movimentos ligados à Pastoral da Família e enumerou três âmbitos de acção em que essas associações podem e devem apostar. Os ataques à instituição familiar continuam de muitos lados, uns mais dissimulados que outros e, nessa linha, a Igreja deve dar uma resposta efectiva aos problemas reais das famílias.
As recentes notícias que dão conta do aumento significativo no consumo de álcool entre os jovens portugueses preocupam o prelado bracarense. Por isso, a questão deve ser olhada de frente e a Igreja não se pode alhear a esse problema.
A par deste, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa colocou os problemas que podem advir da aplicação da lei da educação sexual nas escolas concretamente da falta de qualidade de manuais que podem vir a ser utilizados na disciplina. «Tive oportunidade de olhar alguns livros que poderão ser usados na disciplina e o panorama não é muito animador», afirmou D. Jorge Ortiga.
Com uma carga horária mínima de 12 horas por ano lectivo nos ensinos básico e secundário, a educação sexual dos filhos é, para o Arcebispo de Braga, uma questão à qual os pais não se podem demitir, correndo-se o risco de os danos serem graves.
D. Jorge Ortiga apontou ainda o projecto que a Arquidiocese quer levar a cabo e que tem a ver com a construção da Casa Alavanca destinada a «levantar» aqueles que, por variados motivos, experimentam carências sociais. Destacando a necessidade de estar atento aos que sofrem privações e que, por dificuldades económicas próprias do tempo de crise, não têm uma vida condigna, o Arcebispo Primaz afirmou que a nova estrutura não se destina apenas à cidade de Braga, mas estará ao serviço de toda a Arquidiocese. Por isso mesmo é que uma parte do Contributo Penitencial deste ano se destina a essa causa.
Em jeito de balanço, D. Jorge Ortiga disse aos presentes que já foram feitas coisas boas para as famílias, particularmente durante o último triénio pastoral dedicado à família, como por exemplo a criação do CAFVida. Contudo, o caminho não está acabado e, por isso, é necessário continuar. «É a partir das famílias que a Igreja trabalha com as famílias», disse o Arcebispo.
Recordando o trabalho feito por leigos que viu durante os dias da recente visita a Angola, representando junto do Papa os bispos portugueses, D. Jorge Ortiga pediu um compromisso reforçado aos elementos da Pastoral Familiar da Arquidiocese.

Este ano não se celebra
Dia Arquidiocesano da Família
A reunião começou com uma oração/meditação orientada pelo assistente, padre Domingos Paulo Oliveira, que também deu conta do trabalho desenvolvido pelo CAFVida nos dois anos de existência. O também pároco da Sé e de S. João de Souto, com o cónego Manuel Joaquim Costa, referiu ainda o CAF de Ribeirão e falou das conversações que estão em curso para a criação destes centros em Guimarães e em Vila do Conde.
Nos assuntos abordados o destaque vai para a celebração do Dia Arquidiocesano da Família que este ano, por coincidir com a celebração dos 50 anos da inauguração do monumento a Cristo Rei, em Almada, não se vai realizar. A este respeito, o prelado pediu a mobilização de toda a Arquidiocese para participar numa celebração de alcance nacional, junto ao Rio Tejo, que vai decorrer no dia 17 de Maio, pelas 16h00, e que conta com a presença do cardeal José Saraiva Martins, como legado papal.
A VII Jornada da Família, que terá lugar no dia 16 de Maio, também está a ser preparada. “A família e a Palavra” é o tema deste ano, que se divide em duas vertentes: “A família em comunicação” e “A família formada pela Palavra”.
A reunião que decorreu no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese serviu ainda para se apresentarem as actividades desenvolvidas pelas equipas de Pastoral Familiar, particularmente as dificuldades e os anseios.

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